Dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (27) trouxeram detalhamentos sobre a população brasileira, com base no Censo 2022, concluído nesse ano, mostrando a evolução de idade, um envelhecimento geral, mudando as proporções da chamada pirâmide etária.
O recorte demográfico para Santa Catarina mostra que o estado atualmente abriga 667 pessoas com mais de 100 anos, divididas em 201 homens e mais do que o dobro de mulheres: 466. Esses números representam 0,02% da população estadual. Em todo o país são 37.814 pessoas acima de um século de idade.
A população catarinense de idosos – considerando as pessoas acima de 60 anos – representa 15,6% do total de habitantes do estado, hoje com cerca de 7,6 milhões. Já os jovens até 19 anos somam 25% e o adultos (20 a 59) representando 59,4% da população total.
As proporções resultam em uma pirâmide etária com menos “cara de pirâmide”, isto é, com sua parte central mais alargada do que a base, referente à população jovem. Isso reflete uma mudança significativa na estrutura etária da população, à medida que o envelhecimento se torna mais evidente.
No Brasil, os dados apontam para um aumento expressivo na população de idosos nos últimos 12 anos. Em 2022, o total de pessoas com 65 anos ou mais no país (22.169.101) chegou a 10,9% da população. Além disso, a parcela com menos de 14 anos diminuiu de 24,1% para 19,8% no mesmo período.
Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, comenta sobre essa mudança: “Ao longo do tempo, a base da pirâmide etária foi se estreitando devido à redução da fecundidade e dos nascimentos que ocorrem no Brasil. Essa mudança no formato da pirâmide etária passa a ser visível a partir dos anos 1990 e a pirâmide etária do Brasil perde, claramente, seu formato piramidal a partir de 2000. O que se observa ao longo dos anos é a redução da população jovem, com aumento da população em idade adulta e também do topo da pirâmide até 2022.”
O envelhecimento populacional tem implicações significativas, incluindo questões relacionadas à saúde, previdência social, moradia, e a necessidade de políticas públicas que atendam às necessidades da crescente população idosa.