O motorista que atropelou um policial militar no bairro Estreito, em Florianópolis, foi preso na noite dessa sexta-feira (24/9) pela Polícia Civil. Segundo a PC, o homem não teve um mal súbito quando atropelou o policial, mas sim a intenção de matar.
De acordo com o delegado Paulo Hakim, da Delegacia de Polícia do Continente, “a intenção dele era matar o policial. É um sujeito com transtornos mentais”. Na investigação aberta a partir da ocorrência, a Polícia Civil se deparou com um histórico desse homem de problemas violentos e tentativas de crimes, como a tentativa de assassinato de uma mulher a facadas, aparentemente sem motivo, em 2004, em Florianópolis. Por essa tentativa de assassinato, o homem ficou internado no hospital de custódia para tratamento psiquiátrico.
A respeito de uma possibilidade do motorista e o sargento da PM se conhecerem previamente de alguma forma, o delegado afirma que não havia qualquer relação e que aparentemente o indivíduo não tinha uma boa relação em geral com a instituição da Polícia Militar, “em razão de ocorrências pretéritas que se envolveu”. Diante de um histórico de violência e transtornos psíquicos, há uma suspeita é que ele atentou contra “qualquer” policial militar para roubar a arma e cometer mais crimes, uma hipótese avaliada pela PC.
Iria cometer mais crimes
Com a investigação apontando para a tentativa de homicídio doloso, a Vara do Tribunal do Júri da Capital, com manifestação favorável do Ministério Público, autorizou a prisão cautelar do suspeito. Desde o atropelamento ele estava hospedado em um hotel no Centro de Florianópolis.
Segundo o delegado Paulo Hakim foi descoberto com testemunhas que a intenção do homem era cometer mais crimes: “Quando foi preso estava na iminência de praticar outros crimes semelhantes, estava bem perturbado”, diz o delegado, que define o indivíduo como extremamente perigoso. A reportagem questionou se esses outros crimes seriam atropelamentos contra outros policiais e o delegado afirma que poderia ser conta qualquer outra pessoa. Em interrogatório o homem permaneceu em silêncio.
O atropelamento
Na segunda-feira (20) o sargento Jamir Gonzaga Rachadel foi atropelado por um chevrolet Agile, dirigido por esse homem, de 64 anos, e arremessado a quase 5 metros de distância contra a fachada de um comércio. O sargento passou por cirurgias ao longo da semana e passa bem, sem risco de vida, se recuperando em casa. Nesta sexta-feira recebeu a visita do subcomandante da PMSC, coronel Marcelo Pontes.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br