O movimento de greve dos servidores públicos de São José levou as principais demandas à Câmara Municipal nesta quarta-feira (1º/6). Na reunião entre a presidência da casa legislativa e o Sintram, no início da tarde, foram expostas as exigências dos servidores para finalizar a paralisação.
Segundo o Sintram-SJ (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José) os principais pontos levantados pelos servidores em greve são: reposição de perdas salariais de 2020, baixo valor do auxílio alimentação, chamada de concursados para reforçar atendimentos à população, carreira de pós-graduação para o magistério e aplicação do piso do magistério na carreira.
A reunião envolveu a presidente da Câmara, Méri Hang (PSD), o líder de governo, Matson Cé (PSD), a presidente do Sindicato, Jumeri Zanetti e mais lideranças dos servidores. Segundo a assessoria da câmara a presidente vai repassar as informações para o prefeito, Orvino Coelho de Ávila (PSD). Por ora não houve um encaminhamento imediato no legislativo porque é necessário que o poder executivo do município envie lei sobre questões salariais.
Segundo o vereador Matson Cé as demandas são “positivas” e serão logo encaminhadas ao prefeito: “Recebemos as reivindicações do sindicato, entendemos plausíveis, positivas, tem todo o nosso respeito. Ficamos com o compromisso de falar com o prefeito hoje ainda para que a gente possa levar essas questões positivas e vamos aguardar o posicionamento do Executivo”, declarou, já na sessão da Câmara.
A greve dos servidores municipais de São José começou nesta terça-feira (31/5), conforme anunciado pelo sindicato uma semana antes. No primeiro dia houve manifestação na prefeitura e episódio de empurra-empurra entre servidores da Educação e Saúde e servidores da Guarda Municipal de São José. Os servidores grevistas buscam principalmente uma reposição salarial maior do que a que foi aprovada em maio, entre outras valorizações.
Adesão à greve em São José
Segundo balanço da Prefeitura de São José a paralisação no município afeta 23 creches, 20 escolas e três postos de saúde. A administração afirma que as UBSs de Picadas do Sul, Serraria e Procasa foram as que tiveram mais adesão, mas que a prefeitura conseguiu remanejar servidores para que o atendimento não fosse interrompido.
Na Educação Infantil, dos 39 Centros de Educação Infantil (CEIs) ativos, dezesseis estão funcionando normalmente. No Ensino Fundamental, das 24 escolas municipais, 20 estão paralisadas ou têm funcionamento parcial e quatro total: CEM Araucária, na Serraria; CEM José Nitro; CEM Renascer, no bairro Ipiranga; e CEM Maria Hortência Pereira Furtado, em Potecas. A prefeitura afirma que trabalha para minimizar os impactos da greve à população.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br