Balanço do Governo do Estado aponta que mais de 125 mil cirurgias eletivas foram realizadas no SUS de Santa Catarina em 2023, além de outras 76 mil cirurgias oftalmológicas ambulatoriais. Para a realização dos mais de 200 mil procedimentos foram investidos cerca de R$ 240 milhões, provenientes dos poderes públicos estaduais e federais.
O maior número de cirurgias realizadas foi do aparelho geniturinário, remoções de útero, e do aparelho digestivo, incluindo hernias e vesículas, totalizando 55,3 mil procedimentos. Em seguida, as cirurgias oncológicas, com 15,2 mil, e as ortopédicas, com 15 mil.
Para chegar a esses resultados foi tomada uma série de medidas desde o início de 2023 em programas para destravar os procedimos cirúrgicos no estado, tanto de âmbito estadual, quanto federal, reduzindo de modo geral a fila. Ações envolveram, por exemplo, a habilitação de mais unidades de saúde para fazer cirurgias especializadas, permitindo a distribuição dos pacientes nas regiões do Estado.
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Investimento conjunto
Do Tesouro do Estado foram investidos R$120 milhões, conforme autorizado pelo governador, Jorginho Mello. Também foram aportados recursos dos poderes da Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça e Ministério Público, que disponibilizaram R$30 milhões. De Brasília vieram R$50 milhões da Bancada Federal de Santa Catarina, destinados ainda em 2022, e mais e R$40 milhões da Política Nacional de Redução de Filas para contemplação das cirurgias eletivas.
Segundo o Ministério da Saúde, a pasta já disponibilizou valor similar para este ano de 2024 (R$ 41,2 milhões) para a continuidade do programa em Santa Catarina. O MS afirma que, das 52 mil cirurgias eletivas executadas no Sul do país no ano passado, 44 mil foram somente em SC (dados de março a outubro).
Para 2024, estão projetados até R$ 650 milhões no orçamento estadual para as cirurgias, já contando com valores atualizados de procedimentos por meio da nova Tabela Catarinense, lançada em dezembro. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde o patamar de pacientes a espera continua alto, com cerca de 100 mil pessoas na fila.