Em coletiva de imprensa online nesta terça-feira (7/4), o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), anunciou que vai fazer mais flexibilizações na quarentena a partir da próxima segunda-feira (13/4), na prática prorrogando o fechamento do comércio em geral no estado, mantendo as recomendações de isolamento social.
Ao mesmo tempo, a partir desta quarta (8), foi liberado o setor do comércio automotivo, como concessionárias de veículos, lojas de revenda e a cadeia de serviços. Nela, incluem as oficinas, lojas de peças automotivas, locação de veículos, despachantes, autoescolas, revendas de máquinas, inspeção veicular, lavação de carros e demais tipos de comércios e serviços de acessórios.
– “Como SC iniciou isto há praticamente três semanas, o Ministério da Saúde recomenda para Santa Catarina que, a partir de 13 de abril, algumas medidas de flexibilização, de forma muito setorizada, podem ser estudadas de forma mais abrangente. SC tem feito de forma muito responsável, atendendo cadeias complexas. (…) Mas pelo fato de não termos transporte coletivo, a demanda pelo transporte alternativo precisa ser assistida por oficinas e borracharias. Toda essa cadeia do sistema automobilístico está sendo então flexibilizada”, disse o governador na coletiva.
Ainda segundo Moisés, a recomendação do Ministério da Saúde é baseada na “capacidade de resposta” do estado à pandemia. O parâmetro é de que se a unidade da federação não teve mais que 50% dessa capacidade afetada com a crise, a orientação é que haja flexibilização nas atividades, de forma setorizada. “Então é o que a gente está estudando, dentro dos preceitos do Ministério”, completou o governador.
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Nesta terça, os ministério públicos estadual e federal e o ministério público do trabalho em SC recomendaram que as flexibilizações no estado sejam decisões sustentadas “sobre estratégias com respaldo científico e sanções claras em caso de descumprimento”. Os três ramos do Ministério Público em Santa Catarina recomendaram que antes da liberação gradual das atividades econômicas o governo crie protocolos de medidas sanitárias para cada categoria e informe quais serão os órgãos responsáveis pela fiscalização.
Na coletiva, Moisés disse que acredita que esse protocolos já estão sendo tomados. O governo tem 24h para responder oficialmente os questionamentos e recomendações dos ministérios públicos.