O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, anunciou nesta segunda-feira (23/10) um pacote de socorro para lidar com os impactos das intensas chuvas que atingiram o estado na primeira quinzena de outubro. O pacote está dividido em duas frentes: social e econômica. Segundo o Governo do Estado serão investidos cerca de R$ 650 milhões no atendimento à população.
Na frente social, as medidas incluem auxílio para municípios com desabrigados, campanha de vigilância em saúde, mutirão para emissão de carteiras de identidade, suspensão de prazos no Detran e confecção gratuita de CNHs, garantia de não haver cortes de água ou luz nos locais atingidos, parcelamento de faturas da Casan e Celesc em 24x, além de doações da iniciativa privada por meio da Fecam.
No aspecto econômico, as ações envolvem a prorrogação de prazos de licenciamento no IMA, obras urgentes da defesa civil, Pronampe emergencial no Badesc, linha de crédito no BRDE, prorrogação de prestação de contas das TVEs, postergação do ICMS e fruição portuária, entre outras obrigações acessórias.
O governador enfatizou a importância das ações preventivas, que resultaram em danos menores e salvaram muitas vidas. No entanto, alertou que a situação ainda não está completamente sob controle, uma vez que novas chuvas significativas são esperadas. “Ainda não acabou, porque nesta semana as informações é de que vai chover muito, 150mm”, declarou.
Segundo o comandante do CBM, coronel Fabiano de Souza, o evento das chuvas intensas deste início de outubro estão entre as maiores da história de Santa Catarina, afetando todas as regiões do estado e resultando em prejuízos estimados em cerca de R$ 1,2 bilhão, cerca de R$ 800 milhões referentes às propriedades danificadas. “2023 entrará no rol dos maiores eventos. Número de pessoas atingidas chegou a 3,6 milhões (…) em 53% dos municípios “, afirmou, reforçando que o evento significou a maior mobilização já feita pela corporação para resgates em todo o estado, socorrendo cerca de 80 mil pessoas.
O governo estadual também promete fazer estudos para ter uma estrutura mais resiliente, com menores impactos nos próximos eventos naturais extremos.
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