Na manhã desta terça-feira (19/6) o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) deflagrou a segunda fase da operação “Fundraising”. A ação visa desarticular uma possível organização criminosa liderada por um grupo empresarial suspeito de crimes em prefeituras.
11 pessoas deverão ser presas, por determinação judicial, incluindo quatro prefeitos.
Segundo informações do Ministério Público de Santa Catarina, o grupo é acusado de desviar recursos públicos e fraudar licitações em diversos municípios de Santa Catarina. Utilizando contratos fictícios de “consultoria” e “assessoramento” para captação de recursos, os corruptos facilitaram a obtenção de ganhos ilícitos por parte de servidores públicos, agentes políticos e empresários.
Os mandados expedidos pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina incluem 11 prisões preventivas, 5 suspensões do exercício de funções públicas e 63 busca e apreensão. As ações ocorrem em 23 municípios catarinenses, um município do Rio Grande do Sul e em Brasília.
A operação conta com apoio técnico do Grupo Especial Anticorrupção (Geac), subprocuradoria-geral de justiça para assuntos jurídicos do MPSC, além das polícias Penal e Científica, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Polícia Civil do Distrito Federal (DECOR/PCDF) e do MPDFT.
A investigação segue sob sigilo de justiça, conforme determinação judicial. Em breve alguns nomes de presos deverão vir à tona.
Fundraising
A operação foi intitulada com Fundraising – expressão em inglês que se refere a uma metodologia que visa desenvolver processos para facilitar a captação de recursos – teve a primeira etapa deflagrada em setembro de 2023, com 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo GAECO em Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Gravatal e Brasília.