Os funcionários da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) iniciaram uma greve em todo o Estado nesta terça-feira (4/6). A paralisação, de duração indeterminada, é uma resposta aos cortes de direitos da categoria e à ausência de contratação de mais funcionários.
Em comunicado, os trabalhadores representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema-SC) ressaltaram que a contratação é vital para garantir a prestação de serviços à população com dignidade e melhorar as condições de trabalho. A possibilidade de greve na companhia já vinha crescendo nos últimos meses, com insatisfação dos funcionários.
O presidente do Sintaema, Leonardo Lacerda, afirmou que os serviços essenciais não serão interrompidos durante a greve, assegurando que a sociedade pode confiar na continuidade do abastecimento de água e na execução dos serviços. Na noite de segunda ele havia publicado na página do sindicato que a diretoria da Casan chamou mais uma vez para negociação, mas que a proposta não era nova e, portanto, não agradou.
O que diz a Casan
Em nota, a diretoria da Casan afirma que na reunião com apresentação de proposta nessa segunda havia 11 sindicatos e apenas o Sintaema não aceitou, gerando a greve. “Ainda assim, a Casan concedeu, a partir de 01/05/2024, o reajuste salarial de 100% do INPC aplicado sobre a escala salarial vigente, sendo equivalente a todos os auxílios recebidos pelos empregados”.
Também está entre os pleitos a alteração da jornada de trabalho de uma parcela de empregados. Segundo a direção da estatal, isso atinge apenas 8% da força de trabalho e a proposta pretende trazer tratamento igualitário a todos os funcionários que fizeram o concurso para 8 horas diárias de trabalho, para corrigir uma distorção que beneficia a minoria com a jornada diária de 6h.