Florianópolis tem o maior custo de alimentação entre todas as capitais

    Valor da cesta básica passa de R$ 800

    Florianópolis lidera o ranking das capitais brasileiras com o maior custo de alimentação, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre a composição da cesta básica mensal para quatro pessoas. No mês de janeiro, o conjunto dos alimentos básicos na capital catarinense atingiu a marca de R$ 800,31, superando São Paulo (R$ 793,39) e Rio de Janeiro (R$ 791,77).

    A pesquisa mensal da Cesta Básica de Alimentos do Dieese revelou que, no primeiro mês do ano, o custo da cesta básica aumentou em 16 das 17 capitais analisadas. Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, resultou em valores médios mais baixos.

    Ao analisar as variações ao longo do último ano, chama a atenção o aumento significativo nas capitais do Sul, com Florianópolis liderando o ranking com 5,21%, seguida por Curitiba (4,47%) e Porto Alegre (4,47%).

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    O impacto desse cenário em Florianópolis é grande. O custo da cesta básica, ultrapassando os R$ 800 pela primeira vez, representa 61,27% do salário mínimo, equivalendo a aproximadamente 124 horas e 41 minutos de trabalho por mês em relação ao menor salário.

    O levantamento do Dieese também aponta para aumentos expressivos em alguns itens específicos da cesta básica na capital catarinense. A batata, por exemplo, encareceu em 67,5% em um ano, seguida por feijão (15,8%), tomate (22,2%), e leite integral (1,3%). Por outro lado, o óleo de soja apresentou uma redução significativa de 29%.

    O Dieese, com base na cesta mais cara, estabelece o valor do salário mínimo necessário, conforme uma leitura de determinação constitucional. Em janeiro, esse valor foi estimado em R$ 6,7 mil, considerando as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O cenário destaca a necessidade de atenção às condições socioeconômicas, especialmente em relação ao custo de vida e à capacidade de subsistência da população.

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