Moradores de Coqueiros e Itaguaçu têm denunciado ocorrências de invasões em áreas verdes dos bairros, principalmente na orla, que é inteira área de preservação permanente.
Com manifestações principalmente pelas redes sociais, os casos demonstram a derrubada de árvores nas áreas verdes remanescentes da região, como o morro entre Coqueiros e a Vila Aparecida (uma AVL – área verde de lazer) ou o mangue ao lado do parque de Coqueiros (APP – área de preservação permanente). Nesse caso do mangue, a fiscalização da prefeitura ainda não identificou quem construiu uma cerca atravessando o terreno alagadiço.
Alguns casos não configuram crime ambiental, já em outros, como um desmate em terreno atrás do condomínio Argus, não havia autorização para o corte da vegetação. Todas as ocasiões têm gerado a insatisfação de muitos moradores, que pedem por mais fiscalizações para que as invasões e derrubada de áreas verdes não fiquem impunes.
Em uma situação recente, a Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis) esteve na Praia de Itaguaçu fazendo a vistoria de ranchos de pescadores. Segundo o diretor geral, Marcos Leandro da Silva, são oito edificações no local e apenas uma está em processo de regularização.
O diretor diz que a Floram está atenta ao tema e que é importante que as denúncias cheguem formalmente ao órgão, e não penas pelas redes sociais.
Atualmente Florianópolis está passando por um processo de regularização de invasões, por determinação do Ministério Público de Santa Catarina. O MP também quer uma alteração na legislação para que quando um fiscal da prefeitura se depare com uma obra irregular, já possa solicitar a demolição imediata da obra. Por enquanto ocorre que a fiscalização só pode autuar o proprietário ao constatar uma obra irregular ou invasão e, quando retorna para averiguar a ocorrência, há um imóvel construído com pessoas morando, o que impede a demolição.