Torcedores e a cidade
Nas minhas décadas de arbitragem no futebol catarinense tive o privilégio de pisar em vários estádios. O estádio Augusto Bauer, que pertence ao clube Carlos Renaux, um dos símbolos do nosso futebol, está passando por uma grande reforma. Quantas histórias, quantas amizades, quantas partidas apitei ali. Principalmente quando o Brusque brigava para não cair para a segundona catarinense. A princípio, no Catarinão de 2024 o Bruscão pode mandar seus jogos em Itajaí ou Balneário Camboriú. Vem também a Série B do brasileiro e a torcida está empolgada. Tomara que tudo se resolva da melhor maneira possível, porque os torcedores e a cidade merecem.
Não tem mundial
Uma das maiores incertezas do futebol brasileiro é saber se o Palmeiras tem ou não tem mundial. Afinal, isso é mito ou é verdade? Então vamos aos fatos: em 1951 vários campeões de seis países da Europa, junto com o Vasco da Gama e o Palmeiras, disputaram a Copa Rio, o primeiro Mundial de Clubes, aonde o Verdão foi o campeão, vencendo o primeiro jogo contra o Vasco por 2 a 1 e empatando o segundo em 0 a 0. Em 2017, o conselho da FIFA entendeu que somente a partir de 1960 um verdadeiro Mundial de Clubes foi realizado, sendo o Real Madrid o campeão. Então, pela FIFA, o Palmeiras não tem mundial.
Decadência do futebol
Lionel Messi, que liderou a seleção da Argentina na conquista da Copa do Mundo no Catar, ganhou mais uma Bola de Ouro, na última segunda-feira (30), a oitava que ele conquista. Enquanto isso, depois de Kaká que ganhou o cobiçado prêmio em 2007 nenhum jogador brasileiro conquistou o troféu. Alguns aparecem na lista, mas não passaram de um 3º lugar. Em 14 anos isso mostra a decadência do futebol brasileiro. Para um país que já teve o melhor futebol do mundo, cabe agora só bater palmas para os de fora.
Ser rebaixado
A Chapecoense vem decepcionando os seus torcedores de uma forma muito cruel. Conseguiu ganhar do Criciúma no H.H. e deu maior sufoco no Sport. Claudinei Oliveira, imaginando poder arriscar, mandou o time jogar aberto, errou na marcação e perdeu para o Tombense. Agora faltam somente quatro jogos, dois na Arena Condá e dois longe de Chapecó. Daqui pra frente é escalar o que tem de melhor, fazer de cada jogo como se fosse uma final. Só que este time da Chape parece jogar querendo ser rebaixado.
Time de peladas
Se uma temporada que o torcedor alvinegro quer esquecer é essa de 2023. A começar pela terceirona do Brasileirão, que por pouco não caiu para a série D. No último domingo, pra fechar a temporada, mais uma decepção, quando o Figueirense foi derrotado pelo modesto Concórdia, se despedindo da copinha SC de forma lastimosa. Enquanto a diretoria alvinegra segue calada, coube ao demitido treinador Paulo Baier vir a público abrir o verbo sobre o desempenho desse time, que mais parece time de peladas de fim de semana.
Avaí faz coisas
Como diria o bom avaiano Vanderlei Assing: “Realmente esse Avaí faz coisas”. O torcedor azurra teve um domingo pra lá de especial no último fim de semana. Primeiro viu o arquirrival ser eliminado e depois viu o Leão conquistar a vaga para a próxima fase da Copa SC fazendo lembrar aquele acesso de 2014 para a elite do futebol brasileiro. A classificação do Avaí veio através de uma combinação de resultados. A Chapecoense foi goleada e o Inter de Lages empatou com o Nação no Tio Vida. Realmente esse Avaí faz coisas.
Marcado a penalidade
Sobre aquele pênalti marcado a favor do Santos contra o Corinthians, o que tenho a dizer: Infelizmente a FIFA tem tornado as interpretações cada vez mais subjetivas. Você consegue justificar em cima da regra a marcação ou não da penalidade. Houve um pisão sobre o pé de Soteldo e com Var ou sem Var, fosse eu o árbitro do jogo teria marcado aquela penalidade.
Bem me quer, mal me quer
- Não querendo ser pegador de pé, mas com mais esse atraso na entrega das obras do contorno viário, aqui vai umas músicas em homenagem à famigerada Arteris: Chove chuva, de Jorge Bem Jor, Chuva de Prata, de Gal Costa, e Águas de Março, no caso seria “Outubro”, de Tom Jobim.
- Essa semana fui num boteco bem conhecido aqui de nossa região, estava com muita sede e comprei uma dessas garrafinhas d’água e o plástico era mais mole que a barriga do Pezão. Não demora muito eles irão encasacar a água em papel filme. Podem acreditar.
- Pelo andar da carruagem algumas profissões do futuro serão assim: Nutricionista será especialista em Detoxi de tecnologia, torcedor de pequeno time será especialista em SAF, idoso será doutor honóris em Fake News e administrador de grupos de WhatsApp terá boa remuneração.
- Se o Ronério voltasse ao poder ele ia falar: “Oh dona Maria, me vê uma cuca, metade queijo e metade banana com farofa”. “Essa tanhota é do Rio da Ponte do Imaruim? Tu comes e não dá nada”. “Oh Hélio, esse cachorro quente é com duas salsichas ou vem só com uma?”. “Dinheiro pra tomar pinga e cerveja lá no bar do Nilton tu tens, né?”.
Cartão rosa/vermelho
Cartão rosa à Luchi Pan, localizada na Avenida Elza Luchi, que vem dando um verdadeiro show de bola no bom atendimento e de seus produtos. Lá você vai encontrar um montão de coisinhas deliciosas. Também fiquei apaixonado pelo café da tarde naquele ambiente agradável. Principalmente aos domingos de tarde.
Cartão vermelho para a famigerada Arteris Litoral Sul, responsável pelas obras do contorno viário, que era pra ser entregue em 2012, e que até agora nada de finalizar essa importante obra pra região da Grande Florianópolis. Agora a ANTT estabeleceu um prazo máximo até julho de 2024, só que a Arteris não está nem aí pra isso. Isso é um absurdo, uma verdadeira falta de vergonha na cara. Este velho escriba havia dito que se esta cambada terminassem as obras eu desfilaria de calcinha cor de rosa ao lado da rodovia. Não vai ser dessa vez. É só no nosso, só no nosso.
Pensamento do Bambi
Quem nunca achou o palito “Vale outro picolé” não sabe o que é felicidade.
