Ex-secretários de Florianópolis investigados na Operação Presságio têm afastamentos prorrogados

Segundo a polícia, novos elementos levaram ao pedido de extensão

Secretários afastados Fábio Braga e Edmilson Pereira
Secretários afastados Fábio Braga e Edmilson Pereira - Fotos: CMF

Em decisão nesta segunda-feira (19/2), o juiz da Vara do Crime Organizado da Grande Florianópolis, Elleston Lissandro Canali, prorrogou o afastamento dos ex-secretários de Florianópolis envolvidos na investigação Presságio: Fábio Braga, ex-secretário de Meio Ambiente, e Ed Pereira, ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte.

Os secretários afastados são Fábio Braga, da Secretaria de Meio Ambiente, e Ed Pereira, da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer; no caso de Pereira, foram encontrados repasses que indicam o pagamento de propina, além de supostas irregularidades na Oscip que ele controlava, o Instituto Bem Possível. A esposa de Ed, Samantha Brose, também teve o afastamento estendido.

+ Saiba quais são os principais pontos da investigação da Operação Presságio

Publicidade

Segundo informações da Delegacia de Investigação de Crimes Ambientais e Crimes contra Relações de Consumo, fornecidas em release de imprensa por volta de 11h desta terça, após análise preliminar do material apreendido no cumprimento das buscas realizadas em 18 de janeiro, a delegada que chefia a investigação representou pela prorrogação do período de afastamento do cargo público em relação a três investigados, o que foi deferido pelo juízo, com a concordância do Ministério Público estadual.

Inicialmente, a decisão judicial estabeleceu 30 dias de afastamento quando a Operação Presságio foi deflagrada. No entanto, segundo a polícia, novos elementos levados ao conhecimento da justiça subsidiaram essa prorrogação dos afastamentos do trio até o término da investigação, que segue em curso.

A Operação Presságio investiga supostos crimes relacionados a contratos de coleta de lixo terceirizados da Prefeitura de Florianópolis com a empresa Amazon Fort, prorrogados de maneira emergencial. A investigação começou em janeiro de 2021 com um transbordo irregular de lixo atrás da passarela Nego Quirido, na beira da água do mar, caracterizando crime ambiental. A partir daí, a polícia investigou os contratos e a atuação do então presidente da Comcap, Lucas Barros Arruda, e dos ex-secretários por corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, perpetrados, em tese, em conluio com os donos da Amazon Fort.

Publicidade
COMPARTILHAR