O ex-prefeito de Florianópolis César Souza Junior foi levado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no final da noite desta quarta-feira (30/5) à 2ª Delegacia de Polícia em Barreiros, São José, para registro de ocorrência. A PRF atendeu a um chamado de veículo pegando fogo no km 189, próximo ao posto da PRF de Biguaçu, na altura do bairro São Miguel por volta das 23h.
Chegando ao local foi constatado que o veículo IX35 já estava em um guincho e que Cesar Souza Junior e Janine Chaves Neves estavam já sendo atendidos por uma ambulância.
Segundo o Boletim de Ocorrência registrado na 2ª DP, ambos estavam com “vestimentas bagunçada (sic), olhos vermelhos, hálito etílico, fala desconexa e ao desembarcarem da ambulância, o masculino […] quase caiu ao solo por não conseguir se manter em pé, sendo que neste momento foi ajudado a se manter em pé pelo socorrista da APLS” (Autopista Litoral Sul).
No BO, Cesar e Janine são referidos como “casal”, apesar de não serem casados, e o fato comunicado é “dirigir sob o efeito de álcool e/ou drogas”.
O boletim relata que foi oferecido teste de bafômetro para a feminina, que recusou-se. No relato, Janine teria se declarado primeiramente condutora e que na delegacia teria mudado a versão, dizendo que o ex-prefeito era quem dirigia.
O delegado regional de São José, Daniel Régis, informou ao Correio de Santa Catarina que essa informação não procede. “Não sabemos quem dirigia. Quando a PRF chegou ao local os dois já estavam fora do veículo e na delegacia se reservaram ao direito do silêncio. Será averiguado de fato quem dirigia”, disse por telefone o delegado.
Ex-prefeito se explica
Em grupos de WhatsApp circula um áudio atribuído a Cesar, em que explica a situação. Segue o trecho:
“Bem amigos, tudo bem? Aqui é o Cesar. Eu quero dizer pra vocês que eu não estava bebendo dirigindo. Eu era passageiro do automóvel. E que foi uma tentativa aí criminosa de tentar me envolver numa situação que seria muito corriqueira de trânsito. To sofrendo bastante, muita crítica, muito pau aí no WhatsApp, mas eu quero dizer aos amigos que fiquem tranquilos. Se eu tivesse culpa no cartório eu reconheceria, mas não tenho. Tá? O que houve foi realmente o aquecimento de um assunto que numa situação normal seria tratado de maneira tranquila. Eu vou agora oficiar pra a SSP, também PRF, pra verificar o uso político de uma informação que era corriqueira de trânsito. Não estava conduzindo, não estava embriagado, e isso vocês aí que tenham bom senso podem ter certeza disso”.
Segundo o advogado do ex-prefeito, o veículo teria se incendiado por uma falha mecânica.
A reportagem do Correio não conseguiu contato com Janine Chaves Neves.
