Terminou oficialmente no sábado (29/5) a greve dos professores da rede municipal de ensino de Florianópolis após assembleia da categoria acatando o acordo firmado com a prefeitura no tribunal de justiça. Com isso, os estudantes afetados pela paralisação voltaram às aulas nesta segunda-feira (31) nas mais de 100 escolas que tiveram redução de aulas.
Os professores paralisaram grande parte da rede de ensino da capital para protestar pela vacinação contra Covid-19. Com o início da vacinação na semana passada, após a contemplação do grupo de comorbidades, conforme previsto no Plano Nacional de Imunização, os grevistas, articulados pelo Sintrasem, aceitaram voltar ao trabalho. A greve afetou inclusive o ensino remoto, deixando milhares de alunos sem amparo educacional.
Segundo a prefeitura, cerca de 70% dos professores municipais já tinha retornado ao trabalho. Conforme o acordo estabelecido no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, os profissionais que paralisaram as atividades deverão repor os dias sem trabalho. A greve foi deflagrada em 24 de março.
Nesta semana a prefeitura continua a vacinação contra Covid e deverá contemplar todos os profissionais de educação da cidade, entre outras categorias.
Acordo para o fim da greve
A assembleia do Sintrasem no sábado aprovou a seguinte proposta para fim da greve na educação:
– Retorno das atividades no sistema híbrido a partir da próxima segunda-feira
– Vacinação dos trabalhadores das unidades de educação disponibilizado integralmente até a próxima quarta-feira; as denúncias relativas a descumprimento dos Plancons serão enviadas ao Ministério Público e anexadas à ação civil pública de retorno das atividades presenciais em Florianópolis;
– Reposição no sistema híbrido dos dias letivos não trabalhados, com prazo para entrega de proposta de reposição pelas unidades em até 15 dias;
– Formação de comissão com nomes apresentados na assembleia para discutir a reposição; Reunião com diretores e supervisores para discutir a reposição;
– Os R$ 40 mil bloqueados pela justiça serão revertidos em compra de máscaras PFF2/N95, compra de livros e formação para a categoria;
– A Prefeitura Municipal de Florianópolis não poderá descontar nenhum dia de salário, nem instalar nenhum tipo de processo nas esferas civil, administrativo ou criminal contra os trabalhadores grevistas, assim como a sua entidade sindical.