O crescimento do número de pessoas que vivem em situação de rua, de onde chegam, qual a faixa etária e as razões que de estarem nesse tipo de exclusão serão dados a serem diagnosticados na Grande Florianópolis entre prefeituras e a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação. Uma reunião em Florianópolis nesta quarta-feira (5/6) começou a delinear a integração dos trabalhos na região.
O objetivo é aproximar os grupos das prefeituras da Capital, São José, Biguaçu e Palhoça que lidam diretamente com esse público e buscar o planejamento de políticas públicas que modifiquem este cenário na região metropolitana. Se o trabalho der certo, depois poderá ser executado em mais municípios catarinenses.
A missão do Estado nesta gestão, conforme a secretária Maria Elisa De Caro, é mostrar quais os dados que existem sobre o assunto. “Queremos identificar as pessoas, saber quantos vivem em situação de rua. Só levantando estas informações, cruzando os dados é que teremos condições de saber o que temos. Desta forma, podemos tomar decisões claras, efetivas e principalmente, definir o que planejar, que seja factível, que seja executável”, diz a secretária estadual.
Os dados existentes até o momento são colhidos nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas) dos municípios, no Cadastro Único e no programa Bolsa Família. Estes dados, ainda em fase de elaboração, servirão para planejamento de projetos e ações que serão colocados em um banco de dados integrado.
O encontro teve a participação do prefeito de Florianópolis Gean Loureiro, da prefeita de São José Adeliana Dal Pont e de profissionais de assistência social das vizinhas Palhoça e Biguaçu, que representaram seus prefeitos. Participaram ainda o promotor Daniel Paladino do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), representantes da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Guarda Municipal, da Arquidiocese, do Conseg de Florianópolis e da delegacia de Pessoas Desaparecidas.
Estimativas da Secretaria de Assistência Social de Florianópolis apontam que a cidade tem cerca de 500 pessoas em situação de rua normalmente, número que aumenta no verão para 800, aproximadamente.