Esquema de desvio de verbas em Florianópolis leva polícia a indiciar 18 pessoas na justiça

Segunda fase da Operação Presságio, que prendeu 4 pessoas, foi concluída

A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu nesta sexta-feira (8/6) o inquérito da segunda fase de investigação da Operação Presságio, contra suposto esquema de corrupção na Prefeitura de Florianópolis. Nesse momento 18 pessoas foram indiciadas na justiça estadual para responder ao processo por indícios de envolvimento.

O esquema de corrupção, segundo os investigadores, era administrado por Edmilson Pereira, com auxílio de comissionados e “laranjas”, a quem ameaçavam se não colaborassem. Ed Pereira era secretário de Turismo, Cultura e Esporte e desviada dinheiro para organizações da sociedade civil em projetos de investimento do município, além de direcionar ao menos uma licitação para aluguel de tendas para deixar os restos de carros alegóricos do Carnaval no aterro da baía sul até hoje.

Prisão de 4 pessoas na 2ª fase da Operação Presságio
4 pessoas foram presas na 2ª fase da Operação Presságio, em 29/5 – Foto: PCSC

Segundo informações divulgadas pela polícia, a investigação revelou que as condutas ilícitas foram identificadas como uma prática reiterada que perdurou por, no mínimo, dois anos na prefeitura.

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Entre os dezoito indiciados, quatro estão atualmente presos. São eles o ex-secretário municipal de turismo, cultura e esporte, Ed Pereira, e três assessores ligados a ele: Renê Justino, Lucas Fagundes e Cleber Ferreira. Suspeita-se que esses indivíduos possam ter integrado o suposto esquema de corrupção, conforme indicam as investigações.

Além disso, a polícia destacou que quatro presidentes de organizações da sociedade civil, que mantinham termos de fomento com o município de Florianópolis, também estão entre os indiciados.

A segunda fase se originou quando houve coleta de documentação e conversas nos celulares apreendidos na primeira fase, que investigava suposta corrupção na contratação de serviços de coleta de lixo terceirizado em Florianópolis. Quando os policiais civis começaram a investigar Ed Pereira, descobriram que ele tinha outro esquema à parte. Fontes policiais também indicam que pode haver mais uma operação para apurar mais condutas ilícitas na capital.

À imprensa as defesas dos envolvidos têm dito que seus clientes colaboram com a justiça e que não fazem parte dos supostos esquemas de corrupção apontados pela Polícia Civil e que as inocências dos acusados serão provadas na justiça.

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