Escolas de Florianópolis têm problemas estruturais e poucos EPIs, aponta vereadora

Com a volta presencial das aulas marcada para abril, as escolas municipais de Florianópolis ainda apresentam problemas de segurança em relação a Covid-19, como pouco estoque de equipamentos de proteção individual (EPI) e falta de distanciamento nas salas. Por essas questões – e sem vacina -, os servidores municipais da educação entraram em greve, que permanece, e com isso o retorno presencial não ocorre em todas as escolas.

Diante dos relatos de poucos EPI na educação, a vereadora Maryanne Mattos (PL) iniciou um trabalho de visita às unidades escolares para identificar os problemas tanto na questão da pandemia quanto nas estruturas e entorno das escolas.

vereadora maryanne abaixada ao lado de equipamentos e brinquedos infatis sucateados em pátio; ela usa máscara e olha para a câmera
Exercendo um trabalho de fiscalização no exercício da vereança, Maryanne Mattos (PL) visita as unidades escolares da capital desde março para conferir as condições e pedir correções – Divulgação/CSC

Conforme seu levantamento, entre as escolas que não tinham recebido os EPIs, ou receberam em quantidade insuficiente, a única que não tinha foi era a EMB Maria Tomázia Coelho, na Praia do Santinho, que a prefeitura ainda ia começar a entregar os materiais. De acordo com a fiscalização da vereadora, todas as escolas têm EPIs, só a quantidade que varia – umas têm o suficiente pra duas semanas, umas pra um mês e assim vai. A vereadora destaca ainda questão do núcleo de educação infantil municipal Nossa Senhora Aparecida, no Pantanal, que tem sete funcionários afastados por serem do grupo de risco da Covid-19.

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Além disso, 10 das 17 unidades visitadas, como a Almirante Carvalhal, em Coqueiros, NEIM Coqueiros, Beatriz de Souza Brito, no Pantanal, EBM Jurerê, e Virgílio Várzea em Canasvieiras, apresentam problemas estruturais diversos como mofo em salas, brinquedos quebrados, água parada, rachaduras e obras inacabadas. A situação dessas escolas se opõe à realidade de outras, como o NEIM Maria Terezinha Sardá da Luz, em Jurerê, e a creche Hassis, que têm os EPIs necessários, sinalização, medição de temperatura e estrutura segura, de acordo com Mattos.

Outro ponto que a vereadora destaca é que as máscaras são descartáveis e a prefeitura recomenda o uso de outro tipo de máscara, então o mais adequado seria distribuição desses materiais para garantir maior segurança.

+ Profissionais da educação devem ser o próximo grupo vacinado em SC

Impasse na greve

O retorno presencial das aulas na capital segue indefinida. Em sessão de conciliação, no último dia 6, o Ministério Público propôs a volta do ensino remoto e aulas presenciais em formato bolha, mas a greve do sindicato dos trabalhadores municipais da educação continua. A prefeitura de Florianópolis foi procurada para comentar a questão das escolas mas não respondeu até o fechamento da matéria.

Nessa sexta-feira (14/5), o MP requereu à Justiça a instauração de dissídio coletivo de greve visando terminar a paralisação dos profissionais de educação da rede municipal. O pedido de liminar é para que o  Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintrasem) e a prefeitura “garantam o atendimento presencial mínimo das turmas de alfabetização e do nono ano da rede de ensino, tendo em vista a urgência e a indispensabilidade do atendimento a esses alunos especificamente, retomando o ensino remoto para as demais”.

Por Ana Ritti – redacao@correiosc.com.br

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