Epagri testa ostras fora da concha

    Epagri inicia segunda etapa da pesquisa para comercialização de ostras fora da concha
    Segunda etapa da pesquisa para comercialização de ostras desconchadas deve levar até um ano - Epagri/Divulgação/CSC

    A Epagri iniciou nesta quinta-feira (22/4), em Florianópolis, a segunda etapa da pesquisa que propõe a produção de ostras para serem comercializadas desconchadas. O trabalho, desenvolvido em parceria com a UFSC, testa a produção de ostras em cluster, um novo método que exige menos mão de obra e com custo menor quando comparado com o cultivo tradicional, além de atender a um nicho de mercado inexplorado.

    A retirada do mar foi na fazenda marítima de Tatiana da Cunha, no Ribeirão da Ilha. Na quinta foi o processamento das ostras, na cozinha industrial do restaurante Ostradamus. O processamento das ostras deve se estender nesta sexta-feira. Na cozinha industrial do restaurante a ostra será cozida a vapor, desconchada, pesada e embalada a vácuo para congelamento. A produção ficará congelada por um ano no local, quando terá a sua qualidade avaliada a cada mês.

    Na produção em cluster, o processo inicia com conchas de ostras vazias, que são mergulhadas em um tanque com larvas do molusco. Após as sementes estarem fixadas nas conchas, estas são penduradas em uma corda e levadas ao mar por um período de 10 a 11 meses. Ao final do ciclo, cada concha se transforma em um cluster de ostras aderidas umas às outras. “A vantagem desta técnica é que ela dispensa qualquer manejo durante o cultivo, exigindo menos mão de obra e permitindo uma redução nos custos de produção”, relata Felipe Matarazzo Suplicy, pesquisador da Epagri. A produção experimental teve início em 2018.

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