Em São José, DEM está sem comando, mas com força política

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Vereador Reinoldo Neckel: “em agosto tudo estará definido na legenda” - Foto: CMSJ

O DEM, em São José, está sem comando no momento. Nos últimos tempos enfrentou períodos conturbados. Teve como presidente o empresário José Mendes Damian, o vereador Reinoldo Neckel, o servidor público e suplente de vereador Mauro Fiscal, e, por último, o empresário Pedro Januário. Um grupo de filiados pretende colocar as coisas em ordem a partir do próximo mês de agosto, com a participação da direção estadual.

O Correio de Santa Catarina iniciou uma série de reportagens com os presidentes de partidos no município – a primeira com André Guesser, pelo PDT. Nesta edição é com o vereador Reinoldo Neckel, que mesmo sem presidir a sigla, é personagem de destaque como representante partidário na Câmara de Vereadores, onde chegou em 2016 com 1.273 votos. A legenda também elegeu vereador Alexandre Rosa, o Velha, e na coligação colocou Cristina de Sousa (PRB) em uma cadeira no legislativo municipal.

Entrevista: Reinoldo Neckel, DEM São José

Correio – Como o DEM está se preparando para as eleições de 2020?
Vereador Reinoldo Neckel – No momento estamos conversando com as pessoas que querem ser candidatos. No mês passado fomos procurados pelo Mário Marcondes, que quer se filiar no partido. Tivemos uma conversa, ele fez suas colocações e mostrou claramente a intenção de vir para o partido e montar um projeto para 2020. Não tivemos uma nova conversa, estamos aguardando para essa definição. Tudo isso, porém, passa pela montagem da executiva com a participação da estadual. Eu e o Alexandre Rosa estamos aguardando a estadual para que se manifeste. Até agosto eles querem definir tudo para ver qual o planejamento do Democratas em São José.

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Correio – O sr. tem uma ideia do rumo do DEM em 2020?
Reinoldo – A princípio, o DEM vai ter candidato a vereador, é natural. Há algum tempo conversamos com o João Kleinübing, quando o Alexandre Rosa colocou o seu nome à disposição para ser candidato a prefeito. Não tivemos outra conversa nesse sentido, mas tudo depende de como vai ser montado o partido a partir de agosto.

Correio – O passado do partido não ajuda a dar um rumo?
Reinoldo – Na eleição municipal de 2016 nos coligamos com o PTB, Solidariedade e o PRB, e apoiamos o Natal (José Natal Pereira) candidato a prefeito. Eu defendia que deveríamos ter escutado todos os candidatos a prefeito, mas o presidente a época, o empresário José Mendes Damian e outros candidatos a vereador, preferiram apoiar o Natal. Respeitei a decisão do partido.

Correio – O DEM tem em algum projeto de governo para 2020?
Reinoldo – Projeto a gente sempre tem, mas se vai ser executado lá na frente é outra coisa, porque tudo depende da quantidade de vereadores. A coligação na proporcional foi extinta, tem que ter um número X de candidatos a vereador, e é isso que temos que fortalecer o partido, para que lá na frente decida se vamos ter candidato na majoritária ou não. Eu sempre defendi conversar com todos os partidos, pensando o município, mas provavelmente o DEM surja com novidade na majoritária. Calculamos em torno de 6,5 a 7 mil o quociente eleitoral na próxima eleição a vereador. Na última eleição o partido fez em torno de 12 a 13 mil votos em São José.

“Mário Marcondes quer se filiar ao partido”

Correio – As conversas com outros partidos já acontecem?
Reinoldo – Essas conversas não começaram, nem a prefeita sabe quem vai ser o candidato dela, do seu partido, o PSD, na majoritária. Nós, que não comandamos o município, temos apenas dois vereadores, ainda não temos essa definição. Acho que nem o MDB tem o candidato oficial. Hoje fala-se que o PSD tem os vereadores Orvino (de Ávila), a Méri (Hang), o Moacir (da Silva) que são três que despontam querendo ser candidato a prefeito. Tem o Neri Amaral, que é o vice-prefeito e está sem partido. No MDB tem o vereador Clonny (Capistrano) que colocou o nome à disposição, fala-se no nome do Michel (Schlemper, presidente da Câmara de Vereadores). Ainda está tudo em aberto.

Correio – O DEM não é um partido prejudicado por falta de um presidente?
Reinoldo – Hoje o DEM é um partido bem falado. Claro que tem suas complicações internas, diferenças de opiniões, mas em São José acredito que esteja bem representado. Tudo vai depender da formação da executiva, que esperamos para agosto, para poder começar a movimentar o partido. Já tivemos reunião com o Mário Marcondes, que mostrou interesse em vir para o partido, reunião preparada por Mauro Fiscal, e trabalharemos para aumentar o número de filiados e fazer uma ótima nominata no ano que vem para vereador e, como disse, também um excelente nome para a majoritária.

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