Coração é transplantado com uso de helicóptero do governador

    Esse foi o terceiro procedimento do tipo no ano

    O governo de SC anunciou nesta quarta-feira (25/5) que a SC Transplantes fez o terceiro procedimento de transplante de coração nesse ano. O órgão foi levado de Florianópolis para o interior do estado a quase 200km com o uso do helicóptero alugado que serve ao governador, Carlos Moisés.

    cirurgia de transplante de coração
    Cirurgia de transplante de coração nesta quarta-feira (25) foi bem sucedida – Maurício Vieira/Secom SC/Divulgação/CSC

    Conforme explica o coordenador da SC Transplantes, o médico Joel de Andrade, o tempo é um fator essencial nesse tipo de operação. Entre o momento que o coração deixa de bater no doador e o instante que passa a funcionar no corpo do receptor, não haver mais do que seis horas. Por conta disso há uma rede de logística envolvida, com o uso de aeronaves.

    “A agilidade no transporte de equipes e órgãos é essencial para o desempenho do setor de transplantes. Isso é ainda mais marcante nos transplantes de coração e pulmão. Quanto menor o tempo de isquemia (sem circulação de sangue), melhor. Por isso, o transporte por aeronave é fundamental. Nós temos técnicas médicas consolidadas que dependem dessa agilidade. Santa Catarina tem oferecido esse apoio ao sistema estadual de saúde”, afirma Andrade.

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    Em Santa Catarina o órgão estatal responsável pela coordenação dos transplantes consegue boas taxas de procedimentos, em níveis acima da média nacional, mesmo que muitas famílias prefiram não autorizar a doação de órgãos em bom estado para dar vida a outras pessoas. Nesse ano a fila de espera por órgãos passa de 1 mil pacientes.

    Joel de Andrade, médico coordenador da SC Transplantes, levou o coração no helicóptero que fica disponível para o governador e demandas urgentes da Saúde
    Joel de Andrade, médico coordenador da SC Transplantes, levou o coração no helicóptero que fica disponível para o governador e demandas urgentes da Saúde – Maurício Vieira/Secom SC/Divulgação/CSC

    A taxa de transplantes em SC tem crescido porque nos últimos anos aos poucos há maior aceitação por parte dos familiares na doação de órgãos, como resultado dos treinamentos oferecidos pelo governo aos profissionais de saúde. Dos últimos 17 anos, Santa Catarina ocupou por 13 vezes a liderança nacional na taxa de doação. Nos outros quatro anos, ficou na segunda colocação.

    Como a compatibilidade muitas vezes está a centenas de quilômetros de distância, as aeronaves dos Bombeiros Militares e Samu são usadas para viabilizar o transporte e, assim, o transplante.

    O transplante de coração é mais raro em comparação com outros órgãos, como rins e córnea. Em 2022, esta foi apenas a terceira operação do tipo. Em 2021 e 2020, foram somente quatro transplantes em cada um dos anos.

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