Cinco unidades de conservação de Santa Catarina entram no projeto de concessão à iniciativa privada

    IMA e BNDES avançam no projeto de concessão dos parques estaduais

    O Instituto do Meio Ambiente (IMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com a interveniência da SC Participações e Parcerias S.A. (SCPAR), firmaram contrato para concretizar ações em torno do ecoturismo de Santa Catarina. Um dos projetos é o programa de estruturação de concessão de unidades de conservação (UC), que vai atuar em nove estados brasileiros e em 34 UCs. Entre elas estão previstas cinco catarinenses: Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, na Grande Florianópolis; Parque Estadual da Serra Furada, em Orleans; Parque Estadual Fritz Plaumann, em Concórdia; Parque Estadual Rio Canoas, em Campos Novos; e Parque Estadual Acaraí, em São Francisco do Sul.

    A parceria com o BNDES vai viabilizar estudos e diagnósticos para embasar licitações a concessionárias, que ficarão responsáveis pela estruturação e operação do turismo nas unidades. O banco realiza a contratação dos estudos para a definição da modelagem econômica-financeira para concessões nos parques e o apoio e acompanhamento nas licitações conduzidas pelo estado. O contrato tem prazo de 24 meses e ao final espera-se a efetivação de concessão nas unidades de conservação que apresentarem viabilidade econômica.

    Cachoeira no parque da serra do tabuleiro, uma das unidades de conservação que entram no projeto de concessão do IMA e BNDES
    Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, na Grande Florianópolis, é uma das UCs catarinenses que serão concedidas à iniciativa privada. Secom SC/Divulgação/CSC

    A aposta do banco na modalidade do chamado “desenvolvimento verde” leva em conta, entre outros fatores, projeções de órgãos especializados como a Organização Mundial do Turismo (OMT), que apontam para um crescimento na busca pelo ecoturismo, no pós-pandemia. Entre as ações que as concessionárias deverão implementar nos parques destacam-se investimento em estruturas de atendimento, como centros de visitantes, trilhas, banheiros e estacionamentos; revitalização, modernização, operação e manutenção dos serviços turísticos e de educação ambiental e ampliação e inovação na oferta de atrativos, possibilitando a melhoria contínua na qualidade dos serviços e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades de entorno por meio do turismo ecológico.

    Publicidade

    Em Santa Catarina, o secretário executivo de Parcerias Público-Privadas na SCPAR, Ramiro Zinder, afirma que a proposta prioriza a autossuficiência econômica, com desoneração da administração pública. “Com esse tipo de parceria, os recursos do estado podem ser investidos com mais qualidade no que é obrigação do poder público, em áreas como saúde, segurança e educação. Quanto mais avançarmos nas propostas de investimento por meio da parceria com a iniciativa privada, mais eficientes nos tornamos nas entregas ao cidadão”.

    Publicidade