Lucro ajustado da Celesc cresce 33,5% em 2017

    Resultado reflete aumento do mercado e redução de custos com maior eficiência operacional

    Celesc
    Foto: Celesc/Divulgação

    O consumo de energia na área da concessão da Celesc chegou a 23.797 GWh no ano passado. Essa alta de 4% em relação a 2016, aliando outros fatores da economia catarinense, fez com que a companhia registrasse alta no balanço final de lucro ajustado de 33,5%.

    A alta no consumo em Santa Catarina foi puxada pelas classes rural (+6,4%) e industrial (+5,2%). No comércio, o crescimento foi de 3,5% e nas residências, de 1,7%.

    Ao mesmo tempo, o ano que passou foi de poucas chuvas e a condição de baixa hidraulicidade nos reservatórios das usinas afetou o custo da energia elétrica para compra e para a venda. Como consequência, no mercado livre, o MWh alcançou preço médio de R$318,15. “A baixa hidraulicidade fez o Governo acionar, em diversos meses do ano, o mecanismo das bandeiras tarifárias. A bandeira vermelha, que cobre os períodos mais críticos, foi praticada seis vezes” lembra o presidente Cleverson Siewert.

    Publicidade

    O preço elevado compensou a baixa produção de energia e fez com que, no ano, a Celesc Geração – em suas 12 usinas – alcançasse Receita Operacional Líquida de R$ 148,8 milhões, superando em 18,3% o resultado do ano anterior (R$ 125,8 milhões).

    Com o aumento do consumo e o custo mais alto da tarifa, a Celesc Distribuição, responsável pelo atendimento de 2,9 milhões de unidades consumidoras em sua área de concessão, apurou crescimento de 16,1% na Receita Operacional Líquida de 2017 (R$6,9 bilhões), comparada com igual período de 2016 (R$5,9 bilhões).

    No Consolidado, que agrupa o resultado da Celesc Distribuição e Geração, a Receita Operacional Líquida somou R$6,6 bilhões no ano, superando em 16,7% o resultado alcançado em 2016 (R$5,7 bilhões).

    O desempenho das empresas do Grupo Celesc, incluindo o resultado proveniente das participações, permitiu alta de 6,3% no Ebitda Consolidado  Ajustado de 2017. O Ebitda (na sigla em inglês) mede o lucro das atividades operacionais antes dos impostos, juros, depreciação e amortização e alcançou, no período, volume de R$545,7 milhões, ante R$513,4 milhões em 2016. No resultado final, a Celesc apresentou Lucro Ajustado de R$ 176,9 milhões em 2017 – foram R$ 132,5 milhões em 2016, registrando crescimento de 33,5%.

    Tabela dos principais resultados ajustados para 2017 da Celesc
    Fonte: Celesc
    4º trimestre teve retração do lucro

    No último trimestre do ano passado, o Ebitda Consolidado Ajustado sofreu uma redução de 17,8% em relação ao 4º Trimestre de 2016. Naquele período, o resultado foi impactado positivamente por ajustes contábeis reconhecendo, principalmente, créditos referentes à compensação de desembolsos feitos pela empresa sem cobertura tarifária.

    Novos negócios da Celesc

    O ano de 2017 também representa um marco para o Grupo Celesc na área de transmissão de energia, um dos focos da Companhia para a diversificação de negócios e na criação de valor. Em parceria com a empresa EDP Energias do Brasil, que passou a ser sócia minoritária da Celesc e com direito à participação no Conselho de Administração, a Celesc vai participar da construção de 485 km de linhas elétricas e de uma subestação em alta tensão no território catarinense. Obras que vão significar uma nova realidade para o atendimento do sistema elétrico estadual e regional.

    Recentemente, a EDP Energias do Brasil, multinacional portuguesa, lançou oferta de R$ 199 milhões para compra de aproximadamente 32% das ações preferenciais da Celesc.

    “A participação da EDP na estrutura societária da Celesc deverá promover troca de experiências no segmento de distribuição e a geração de negócios em outras frentes que são foco de nosso interesse, como a comercialização de energia e a geração distribuída”, comenta o presidente Siewert.

    Reconhecimentos da companhia

    No ano, os investimentos na eficiência dos serviços e em ações de sustentabilidade renderam à Celesc onze prêmios, sendo um em âmbito internacional, seis nacionais e quatro estaduais. Como destaque, a conquista da segunda posição no ranking das melhores empresas do Setor Elétrico Brasileiro com mais de 500 mil consumidores, na avaliação dos clientes. A vice-liderança foi registrada nas pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica e na pesquisa Aneel de Satisfação do Cliente.

    Publicidade
    COMPARTILHAR