O protocolo “No Callem”, implantado em Barcelona e outras cidades espanholas a partir de 2018, prevê o treinamento de funcionários de boates, bares, casas de shows e outros locais para lidar com casos de violência sexual e responder à situação, sempre com foco na vítima.
Com a notoriedade do caso envolvendo o jogador Daniel Alves, que forçou uma prática sexual em mulher em uma boate na Espanha no início do ano, o Ministério Público de Santa Catarina resolveu sugerir às comarcas da Grande Florianópolis a adoção do protocolo nas casas noturnas.
O MP irá formar grupos de trabalho com representantes dos municípios da Região Metropolitana e polícias para discutir a implementação desse procedimento nos estabelecimentos de entretenimento adulto.
Segundo o MPSC, apesar dos dados de estupro no estado não indicarem o contexto da violência, há a possibilidade de que parte ocorra nesses locais. Entre 2021 e 22 foram registrados mais de 9,2 mil boletins de estupro em Santa Catarina; cerca de 6% foram na capital.
