Em 17 estados, caminhoneiros autônomos interditaram nesta segunda-feira (21/5) rodovias federais em manifestação contra o aumento do diesel. Em Santa Catarina, as BR 101, 116, 282 e 406 tiveram no total nove pontos de interdição a veículos de carga, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A greve dos caminhoneiros foi convocada pela Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) e Cnta (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos). A principal reivindicação é pela redução dos tributos sobre o óleo diesel.
De acordo com carta divulgada pela Cnta, os 120 sindicatos que representam a categoria, associações e cooperativas decidiram pela paralisação diante da falta de respostas do Governo Federal a um ofício encaminhado no dia 15 de maio expondo o descontentamento da categoria diante dos constantes aumentos no preço do óleo diesel e a cobrança de pedágio dos motoristas, mesmo quando trafegam vazios e com os eixos dos caminhões suspensos.
O presidente Michel Temer convocou para hoje (21) uma reunião emergência para discutir o assunto. A reunião, no Palácio do Planalto, está marcada para as 18h. Foram chamados para participar da conversa com o presidente os ministros Moreira Franco (Minas e Energia), Eduardo Guardia (Fazenda), Eliseu Padilha (Casa Civil), Esteves Colnago (Planejamento) e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
Pela manhã, os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciaram a criação, na próxima quarta-feira (23), de uma comissão geral no Congresso que deverá acompanhar os desdobramento da política de reajuste de preços de combustíveis no país.
Nesta manhã, Guardia disse que o governo examina a redução de tributos incidentes sobre os combustíveis, mas não tem ainda nenhuma decisão sobre o assunto. Em teleconferência com a imprensa estrangeira, ele afirmou que medidas para reduzir as alterações constantes nos preços estão sendo discutidas, mas destacou que o governo não tem neste momento “flexibilidade fiscal”.