Câmeras contabilizam e identificam pessoas nas ruas e já auxiliaram em prisões

São cerca de 3.200 câmeras nos municípios catarinenses

Pessoas já se recuperaram: câmeras identificam pessoas e veículos - pedestres na rua felipe schmidit em florianópolis
Centro de Florianópolis é o local onde a SSP mais conta pessoas e veículos, identificando rostos e placas - SSP/Divulgação/CSC

Por Ana Ritti – redacao@correiosc.com.br

Em 22 de dezembro de 2020, 58.819 pessoas circularam na rua Felipe Schmidt com a Sete de Setembro, no Centro de Florianópolis, durante 19 horas. No mesmo período, 7.472 veículos passaram pela ponte Hercílio Luz. A precisão da contagem é da Diretoria de Tecnologia de Informação e Comunicação da Secretaria de Estado de Segurança Pública através das câmeras do Bem-te-vi, que contabiliza os dados e compartilha algumas informações online. 

As ruas de cidades catarinenses estão não apenas cada vez mais observadas, mas também escaneadas. Isso ocorre por conta do videomonitoramento urbano em pelo menos 136 municípios. As mais de 3,2 mil câmeras do programa Bem-te-vi, da SSP, fazem contagem e identificação de pessoas e veículos nas ruas, além de já terem auxiliado em prisões com o sistema de reconhecimento facial.

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Esse videomonitoramento, segundo a SSP/SC, tem como objetivo aumentar as ações de vigilância, prevenir a ocorrência de crimes, contribuir para a administração do tráfego de veículos, revitalizar ambientes aumentando a sensação de segurança, além de auxiliar nas investigações e identificação de criminosos e veículos. O sistema será ampliado em 2021 de acordo com a secretaria. Até 2017, R$ 14 milhões foram investidos no sistema através do programa Pacto por Santa Catarina. 

Em 2019, a SSP iniciou os testes do sistema de reconhecimento facial nas câmeras de monitoramento, que é integrado com bancos de dados de imagens de pessoas. Analisando traços como distância dos olhos, largura do nariz e medidas do rosto, a leitura cria um alerta quando um rosto é reconhecido, indicando se a pessoa possui situação irregular – como um mandado de prisão, por exemplo. Com essa sinalização, a Polícia Militar identifica a localização do suspeito e faz a abordagem. Naquele ano duas prisões foram efetuadas a partir do reconhecimento por meio das câmeras no Centro da capital. Já em outubro de 2020, um foragido foi reconhecido pela leitura facial e preso pela PM na cabeceira insular da ponte Hercílio Luz.

Homem com pedido de prisão em aberto é preso próximo a ponte Hercílio Luz após ser reconhecido pelas câmeras de monitoramento. SSP/SC/Divulgação/CSC

Questionada sobre o uso do reconhecimento facial na segurança pública e se há um trabalho de leitura de placas de veículos atualmente, a Diretoria de Tecnologia e Informação da SSP/SC prefere não revelar o trabalho interno: “Leitura de placas e reconhecimento facial são informações sensíveis que não devem ser repassadas para o público para não interferir no trabalho de inteligência e investigação”.

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