No terceiro dia de trabalho do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBM-SC) em Petrópolis, as equipes seguem no auxílio às buscas no Morro da Oficina. De acordo com a corporação a área é de difícil acesso, porque está localizada na parte de baixo da encosta, onde houve o acúmulo de toda a terra que deslizou.
Com a utilização de cães, houve o apontamento de duas vítimas fatais soterradas até agora. Outros cinco corpos estão em fase de extração. Por conta do difícil acesso, já se confirmaram a localização, mas as equipes ainda não conseguem retirar.
Houve mais apontamentos de possíveis locais de vítimas pelos cães, mas há a necessidade de retirada dos escombros para que se verifique a real situação.
O CBM relata que há muita lama e escombros, o que deixa o trabalho mais difícil e delicado, já que a lama ainda está mole. Na segunda-feira (21/2), foi utilizado maquinário para extração e nesta terça o capitão Alan informou que será utilizada uma técnica bastante usada aqui em Santa Catarina chamada desmanche hidráulico, que utiliza a força da água pressurizada para remover a lama. Essa técnica foi aplicada também em Brumadinho.
Estão na área do Morro da Oficina os binômios (militar e cachorro): sargento Romão e Bravo; cabo Canever e Léia; soldado Josclei e Iron, com suporte do capitão Alan. Já os binômos cabo Fumagalli e Hunter; soldado Amorim e Moana; soldado Galli e Sasuke, com suporte dos soldados Giandro e De Souza seguem em outras áreas, em apoio a outras corporações.
Os militares do CBMSC estão embasando as buscas e as estratégias a partir de informações de locais em que familiares apontam que eram as casas deles e que há a possibilidade de vítimas soterradas.
+ Temporal destelha cerca de 40 casas na Ponta do Papagaio
182 mortes e 89 desaparecidos
O oitavo dia de buscas em Petrópolis, na região serrana, começou com a confirmação de 182 mortos em consequência do temporal de terça-feira (15). Desde então, a cidade tem enfrentado mais chuva, o que prejudica o trabalho das equipes que atuam nos locais de deslizamentos e desabamentos.
O trabalho de reconhecimento de vítimas fatais continua sendo feito pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Dos 182 óbitos registrados até agora, 111 são mulheres, 71 homens e 32 crianças. Até o momento há 89 registros de desaparecidos.
