Atualização do mapa de Florianópolis apresenta novos nomes de morros e praias

Aumentaram as áreas em unidades de conservação, que chegam a 192 km² na capital catarinense

dunas do moçambique e morro das capivaras, no norte da ilha de florianópolis
Dunas do Moçambique/Rio Vermelho e, ao fundo, o Morro das Capivaras, na Revis Meiembipe, no norte da ilha de Florianópolis - Lucas Cervenka/CSC

O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) divulgou o novo Mapa Físico e Político 2022 da cidade. A oitava edição do mapa apresenta uma leitura atualizada do território da capital catarinense, com inserção de novas unidades de conservação, trilhas e a manutenção de nomes históricos, além da inclusão de novos nomes de praias e morros.

Segundo a prefeitura, uma das atualizações mais significativas é o aumento de áreas de conservação em Florianópolis. Em 2019 Florianópolis tinha 132km² dentro de unidades de conservação, que agora passaram a 192km², segundo a leitura do IPUF, o que significa que atualmente a cidade tem 44% de sua cobertura natural protegida.

mapa de florianópolis atualizado em 2022 mostra mais unidades de conversação e novos nomes
Mapa de Florianópolis atualizado mostra mais unidades de conservação e novos nomes – PMF/Divulgação/CSC

Na urbanização da Capital, houve crescimento de 98km² em 2019 para 105km² em 2022, que pode ser visto principalmente nas áreas de planície do território, no Sul e Norte da Ilha.

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A manutenção da identidade histórica de Florianópolis foi outro ponto importante nesta edição do Mapa Físico e Político. Para isso, foi realizada uma pesquisa histórica em mapas do século XVIII, XIX, XX com o objetivo de manter nomes de locais históricos.

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Novos nomes

Outra novidade presente na publicação, foi a inserção do Estuário Fritz Muller, criado em comemoração aos 200 anos de nascimento do naturalista e botânico teuto-brasileiro. A edição apresenta também um aumento no mapeamento de nomes locais de morros, rios e praias, além da inserção de novas trilhas e caminhos.

Entre os exemplos de novos nomes de praias florianopolitanas está a Praia do Santinho, agora também chamada oficialmente também de “das Aranhas”, e inclusão de uma “Praia Comprida” em Florianópolis, que fica em frente ao caminho dos Açores, entre o Cacupé e Santo Antônio de Lisboa. Já a praia criada com o aterro da Via-Expressa Sul agora é chamada de Praia do Ferrujo. Também houve acréscimo de praias como as do Janguinha e do Chico Quinca que fica entre as praias do Gravatá (ao norte) e Joaquina (ao sul).

Nos morros foram quatro acréscimos em relação ao de 2019. Na parte continental pela primeira vez temos um morro nomeado. É o Morro da Serraria. Seu nome foi encontrado em mapas da ainda vila de Nossa Senhora do Desterro dos anos 1770.

Na Ilha, três morros foram nomeados oficialmente, todos no distrito de Santo Antônio de Lisboa. O Morro do Quilombo, o Morro da Aguada e o Morro do Esteiro. Aguada se refere à fonte de água utilizada para reabastecer as embarcações. Esteiro é o nome que se dá a trechos de rios ou mar que adentram a terra. Os três topônimos percorrem os séculos XVIII, XIX e XX.

Na recém-criada Revis Meimbipe, que abrange 12% do território, foram colocados os nomes de morros que a comunidade local usa, como o Morro das Capivaras.

Houve também, acréscimo na malha de trilhas e caminhos municipais, sendo o mapa de 2022 o primeiro a trazer todas as trilhas e caminhos reconhecidos pela Lei Ordinária 5979/2002.

O mapa geopolítico de Florianópolis em alta resolução pode ser acessado também no site do IPUF.

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