Alta do dólar influencia rentabilidade do varejo catarinense

    Empresas e entidades empresariais avaliam situação e impacto no setor

    linha industrial de costura vista de cima com dezenas de trabalhadoras uniformizadas em cada posto
    Image: Fiesc/Reprodução

    A escalada na cotação do dólar – que ultrapassou os R$ 4 nesta semana – já deve começar a influenciar a rentabilidade do varejo catarinense. Uma vez que a origem de boa parte da matéria prima é internacional, a mudança cambial desfavorece as empresas do comércio, que observa a situação atentamente.

    A Berlanda, por exemplo, maior rede de móveis e eletros do estado, também responde pela produção mensal de 23 mil produtos, entre roupeiros, cozinhas, conjuntos box e estofados. A matéria prima para produção dos colchões é de origem norte-americana e, portanto, tem seu custo vinculado ao preço do dólar.

    “Acompanhamos diariamente a questão para que não haja sobressaltos. Nossa maior preocupação é manter a qualidade dos produtos que oferecemos”, afirma Eloir Tluszc, gerente de vendas.

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    Para Ivan Tauffer, presidente da Federação das CDLs de SC (FCDL/SC), o câmbio desfavorável para a moeda brasileira pode impactar em diversos setores. “Nossos associados, sobretudo os de médio e grande porte, já começam a sentir as consequências, visto que aproximadamente 60% do mix de seus produtos é importado, incluindo segmentos de vestuário, peças, bebidas e eletroeletrônicos”, aponta o dirigente.

    Tauffer ainda lembra que “além do produto em si, o frete do transporte marítimo também é cotado em dólar, e, portanto, mais um efeito. Em alguns casos, o empresário está migrando para uma opção nacional, amenizando o problema, mas nem tudo pode ser resolvido, para que não haja prejuízo na oferta dos itens e do preço ao consumidor”, destaca o presidente, lembrando da principal alternativa adotada.

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