Alta de casos da dengue exige colaboração no combate ao mosquito

    Pior situação é no oeste, com 88% dos casos; Grande Florianópolis tem 61 casos nesse ano

    Desde o início do ano, Santa Catarina vem registrando um grande aumento nos casos de dengue, especialmente na região Oeste.

    De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado nesta sexta-feira (25) pela Dive, foram registrados 2.657 casos de dengue no estado, sendo que 80% são autóctones. Somente a região Oeste registra 88% dos casos de infecção dentro do território catarinense.

    Os dados mostram que o número de casos confirmados está dobrando a cada semana, colocando a necessidade de reforçar as medidas de prevenção contra a doença, tanto pelos poderes públicos estadual e municipais, quanto pela população das cidades onde há mais casos, para frear a reprodução do inseto transmissor.

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    Oito municípios decretaram emergência devido ao elevado número de casos de dengue: Chapecó, Coronel Freitas, Itá, Maravilha, Palmitos, Romelândia, Xanxerê e Seara (cidade com mais casos: 381).

    Situação na Grande Florianópolis

    Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis são cidades consideradas infestadas pelo mosquito, ainda que não haja epidemia de dengue. A região tem pouco mais de 2% dos casos registrados em todo o estado. Em Florianópolis são 55 casos nesse ano; São José confirmou dois e Palhoça quatro casos importados. As prefeituras da capital de SJ têm buscado combater a proliferação do mosquito colocando armadilhas para captura ou borrifando inseticida nos bairros.

    A rede de Vigilância Epidemiológica de São José adotou o mapeamento tático da região, com a instalaçaõ de 863 armadilhas em 216 pontos do município. Do início de janeiro deste ano, até 24 de março, foram identificados 1.492 focos do mosquito Aedes aegypti.

    mapa de focos do mosquito da dengue em são josé
    Mapa de focos do mosquito da dengue em São José – PMSJ/Divulgação/CSC

    Nesta sexta, equipe do Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis fez mais uma aplicação do inseticida Cielo no Centro. O produto é recomendado pelo Ministério da Saúde para ações de controle de fêmeas adultas de Aedes aegypti em regiões infestadas pelo mosquito vetor com casos confirmados de dengue, chikungunya e/ou Zika vírus.

    É fundamental que a população compreenda o risco de manter hábitos que permitam a reprodução do mosquito. “É preciso um esforço conjunto entre o poder público e a população no controle do Aedes aegypti. Mais do que nunca, é fundamental verificar locais que possam acumular água e eliminá-los. Essa continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra a doença”, reforça Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Dive-SC.

    Prefeitura de Florianópolis faz aplicação de inseticida no Centro contra mosquito da dengue
    Prefeitura de Florianópolis faz aplicação de inseticida no Centro contra mosquito da dengue – Marcos Albuquerque/PMF

    A prevenção continua sendo o melhor caminho de combate ao mosquito, como:
    – Evitar usar pratos nos vasos de plantas e se usá-los, coloque areia até a borda
    – Guardar garrafas com o gargalo virado para baixo
    – Manter lixeiras tampadas
    – Deixar os depósitos d’água sempre vedados
    – Tratar a água da piscina com cloro, limpando-a uma vez por semana
    – Manter os ralos fechados e desentupidos
    – Lavar com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana
    – Retirar a água acumulada em lajes
    – Evitar o acúmulo de entulho
    – Denunciar a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde
    – Em caso de apresentar sintomas de dengue, procurar imediatamente uma unidade de saúde para o atendimento.

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