A mulher acusada de matar uma grávida para roubar seu bebê, em Canelinha, foi denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e será julgada por júri popular. Nesta segunda-feira (26/7), a justiça reconheceu a ocorrência dos crimes contra a vida e os indícios da autoria.
Na ação, a promotoria sustenta que houve o homicídio doloso de Flavia Godinho Mafra, então com 24 anos, e a tentativa de homicídio do bebê, ferido com gravidade ao ser retirado do útero da mãe. O julgamento da ré será feito pelo tribunal do júri da comarca de Tijucas.
O crime ocorreu em agosto de 2020, quando a ré, Rozalba Maria Grime, 26 anos, levou a gestante para um local isolado em uma cerâmica abandonada, supostamente para participar de um chá de bebê surpresa, onde a golpeou com um tijolo e provocou seu desmaio. Na ocasião, a acusada usou um estilete para realizar o “parto” da grávida de forma precária, e retirou à força da barriga da mãe o bebê de 36 semanas que estava em gestação. A hemorragia do ferimento causou a morte da vítima e o corpo foi escondido em um forno de cerâmica.
Em seguida, a denunciada se encontrou com o companheiro, que supostamente acreditava que esposa, a assassina, estava realmente grávida, e foram para o Hospital de Canelinha. Lá a mulher informou que o bebê era seu e que fizera o parto em via pública, solicitando ajuda no pós-parto. A equipe do hospital que atendeu a demanda logo se deparou com um enorme corte na recém-nascida provocado pelo uso brutal do estilete e também que as informações dadas por Rozalba eram controversas, além de que ela não apresentava sinais de ter feito um parto. Assim, a Polícia Militar foi acionada, constatando o crime.
Rozalba Maria Grime confessou o assassinato na delegacia. Posteriormente a perícia criminal identificou que Flavia estava ainda viva quando Rozalba lhe cortou a barriga. Já o marido foi inocentado na investigação.