A possibilidade de juízes nas prefeituras

Recebi do meu amigo Fernando, do Jornal Folha do Vale de Braço do Norte, uma informação interessante. “Na possibilidade de postergar as eleições municipais de 2020 em função da pestilência em todo mundo, isso pode levar os juízes a comandar as nossas prefeituras. O pleito está marcado para outubro, mas sem a expectativa de quando esse coronavírus terá um fim. Está preocupando políticos e magistrados, que já começam a discutir hipóteses para o caso de não ser provável do eleitor ir às urnas. Entre as opções cogitadas nas coxias estão a de delongar os atuais mandatos até dezembro, ocorrer o sufrágio no começo de 2021 ou emendar até às eleições de 2022 o que pode causar conflito político. Nesse cenário, prevê que o juiz titular da cidade assuma o cargo de prefeito. E Juiz de Direito não tem nada a ver com juiz de futebol tá? Mas bem que poderia ter um juiz de futebol no comando de nossa cidade, né?”.

Últimos tempos

Com o futebol totalmente paralisado em terra tupiniquim, nos últimos dias alguns canais da tv brasileira estão repetindo alguns jogos memoráveis da história do futebol brasileiro. Jogos esses bons de serem assistidos, bem melhores que algumas peladas de futebol profissional que estávamos assistindo nos últimos tempos. Era um futebol deslumbrante de toque de bola refinado e da técnica de muitos jogadores. O futebol brasileiro precisa reaver as pernas tortas de um Garrincha, a monarquia de um Falcão, a rebeldia de um Sócrates, a genialidade de um Zico, o reino de Pelé, o entrosamento de um time como aquele do Santos dos anos 1960 ou de uma seleção como as de 1970 e 1982. Seleções essas que naquela época paravam o mundo para assisti-los. Hoje em dia nem o povo brasileiro para pra ver a nossa atual seleção.

Sinal de positivo

Há várias alternativas sendo discutidas entre FCF e o governo estadual para que o Catarinão 2020 tenha o seu complemento ainda nessa quinzena. Uma delas é a elaboração de um documento em conjunto com a Associação de Clubes de SC com modo a fazer com segurança sanitária as retomadas da competição para definir o campeão catarinense desse ano. O documento, que é assinado por Luís Fernando Funchal, médico renomado que trabalha no Avaí, e pelo infectologista Valter R.C. Araújo, sugere medidas protetivas para a liberação das atividades de treinamentos para que o certame possa ser reiniciado, sem a presença de torcedores, a partir de 16 de maio. Só falta o governador Moisés dar o sinal de positivo.

Melhor a se fazer
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Apesar da campanha maciça de uma certa rede de comunicação brasileira de nos manter enclausurados, longe de qualquer atividade que possa ter aglomeração humana, não vejo outro caminho à não ser igualar-se ao calendário do futebol brasileiro. Isso poderá dar tempo para que estes campeonatos estaduais possam ter conclusão, os clubes de menores poder financeiros teriam sobrevida nas receitas e os campeões podem ser conhecidos. É bom que se diga que sou a favor dos campeonatos estaduais sempre, mas com bom senso e cautela é o melhor a se fazer.

Esses jogadores

Alguns jogadores de Avaí e Figueirense vem fazendo campanhas em suas redes sociais para conscientizar a população sobre os perigos e como tomar precauções contra o coronavírus, tipo: o uso obrigatório das máscaras e a necessidade de ficarmos dentro de casa, saindo somente quando for necessário. O futebol é o esporte que mais atinge as pessoas, e muitas vezes ter as palavras de um ídolo ou um jogador importante de seus clubes é muito mais importante na vida do povo do que a de um politico. Ter as mensagens dos jogadores de seus times do coração pode ajudar muito no combate a essa pandemia. Parabéns a todos esses jogadores.

Um milagre

Meus queridos leitores, não estamos enfrentando um capeta qualquer, o nosso adversário é poderoso e ainda não teve ninguém para descobrir um recurso para derrotá-lo. A única coisa que nos resta é a precaução, para tornar difícil os caminhos pelos quais essa praga possa nos atingir. O negócio por enquanto é ficar isolado do convívio social, afastados, sossegados e torcendo para que essa desgraça não nos encontre. Nesse resguardo, que é necessário, só devemos sair de casa quando exige uma absoluta necessidade. Assim como no futebol, a NBA, o Tênis, a Fórmula 1, Olimpíada de Tóquio, tudo está parado. Nessa hora vamos nos agarrar a Deus para que um milagre possa acontecer.

A bola já me deu bons amigos. Jogadores e árbitros, uns gordinhos e outros magrinhos. Maradona era gordinho e nem por isso deixou de ser o melhor do mundo. O atacante Valter é cheinho e mesmo assim vários clubes o querem. Dalmo Bozzano era gordinho, apitava muito e foi da Fifa. Essa turma da foto são alguns árbitros da ACR arbitragens. São homens do bem, alguns pais de famílias, são meus amigos. Alguns gordinhos e nem por isso deixam de serem bons árbitros. Pra ser um bom arbitro não precisa ser velocista ou ter um corpinho de academia. O que precisa é ser corajoso, honesto e fiel as regras do jogo e calçar as sandálias da humildade.
Drops da arquibancada
  • O negócio não está fácil para ninguém. Por conta da situação intricada que estamos convivendo, muitas empresas estão diminuindo seus quadros de funcionários. O Grupo ND, antigo RIC, demitiu dezenas de profissionais e encerrou o Clube da Bola.
  • A “gambazada” está feliz pelo decreto que autoriza a reabertura de bares e restaurantes. Principalmente os botequinhos que podem aliviar as sedes dos gambás que andavam nervosos e ansiosos para matar a sede longe de casa.
  • Aos poucos alguns espaços estão sendo liberados por decretos do governo que devem seguir condutas pra evitar a propagação da Covid-19. Alguns proprietários de quadras sintéticas da Grande Florianópolis estão organizando uma manifestação para mostrar a crise que afeta esse setor.
  • O protocolo elaborado por profissionais capacitados e conhecedores de saúde pública para quando for possível a retomada do futebol no campeonato catarinense foi preparado com cuidados de forma gradual para evitar o contágio.
Cartão rosa/vermelho

Cartão rosa para o fundador e emérito do Grupo ND, leia-se grupo RIC, Mário Petrelli que foi um dos homens catarinense mais influentes na capital federal, com livre acesso aos principais gabinetes do poder brasileiro, e que nos deixou aos 84 anos, nesta quarta-feira (22). Conheci seu Mario Petrelli quando trabalhei na antiga RIC Record. Sempre foi um ser humano cordial, talentoso, habilidoso e de ótima convivência. Começou vendendo seguros até fundar  Grupo ND de Comunicação, afiliada da Record, que possui admirável audiência.

Cartão vermelho para esse atual governo estadual que ainda não disse para o que veio. Em meio a essa pandemia não é compreensivo admitir um estado como SC, que é um dos maiores pólos têxteis do Brasil, querer importar da China (justamente da China), milhões de máscaras, se podemos produzir por aqui. Outro absurdo foi a ideia de querer construir um hospital de campanha em Itajaí, que iria funcionar só por seis meses ao custo de R$ 76 milhões, o valor de uma mega-sena. Teria que investir esses recursos em hospitais já existentes em nossas cidades.

Pensamento do Bambi

Chifre é que nem botijão de gás. O dito cujo só descobre quando a notícia explode.

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