Em novembro, a Camargo Corrêa, empreiteira contratada pela Arteris para a obra do contorno viário da Grande Florianópolis, atingiu um pico de 1,3 mil trabalhadores atuando nas obras da rodovia. Nos trechos Norte e Intermediário 2, em Biguaçu, há turnos também durante a madrugada para tentar cumprir o prazo de conclusão, para o segundo semestre de 2022, como garantiu o ministro da Infraestrutura em visita em junho.
De acordo com a Arteris, além de aumentar a produção, o turno noturno possibilita que não haja mais atrasos por causa das chuvas, que afetam os trabalhos de terraplanagem em um solo já normalmente encharcado.
O engenheiro Marcelo Módolo, superintendente de investimentos do Contorno, explica que os trabalhos noturnos permitem uma otimização dos recursos mobilizados para a execução das obras melhorando a produtividade das atividades. “Por conta de questões climáticas, não é possível a realização de atividade noturna de terraplenagem, mas atuamos em pontos estratégicos com transporte e aplicação de material pétreo, transporte e lançamento de areia para drenos, gravação de geodrenos (atividades típicas em regiões de solos moles) e temos também equipes atuando na execução de pontes e viadutos e no transporte das vigas pré-fabricadas. No caso de transporte de insumos como rocha e areia, a atividade noturna permite que criemos estoques destes materiais para aplicação também durante o dia”, completa.
A obra do contorno viário
O Contorno Viário de Florianópolis está sendo construído pela Arteris Litoral Sul com o objetivo de desviar o tráfego de longa distância da BR-101, na região de Florianópolis. Os estudos realizados preveem que a rodovia irá proporcionar uma redução significativa na intensidade deste tráfego e deve representar alguma melhora para a região da Grande Florianópolis.
De acordo com a empresa, os investimentos até o momento superam R$ 1 bilhão. A estrada, de 50 quilômetros, será uma rodovia classe zero – um corredor expresso com velocidade operacional de 100 km/h em todo o percurso. Terá seis acessos por meio de trevos, quatro túneis duplos, sete pontes e mais de 20 passagens em desnível. Dos 50 km, cerca de 34 estão em obras, que iniciaram em 2014. Depois de pronto, deverá se refletir nas tarifas de pedágio do trecho de concessão.