O auxílio às pessoas em situação de rua é a principal obra social do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (sem partido atualmente). A secretaria de assistência social, capitaneada por Maria Cláudia Goulart da Silva, intensificou ao longo dos anos a chamada abordagem a essas pessoas, largadas pela cidade. Há pouco mais de um ano a prefeitura passou a fazer esse trabalho diariamente.
Aos poucos os serviços se ampliaram não apenas para a oferta de abrigo, banho, comida e documentos. Florianópolis passou a oferecer capacitação profissional, cursos, incentivos para reentrar no mercado de trabalho ou a opção de retornar à cidade de origem. Até o meio do ano foram cerca de 300 que deixaram a capital para recomeçar onde moram.
Gean iniciou o mandato com números que apontavam para uma média de 800 moradores de rua ao longo do ano e cerca do dobro na época de verão. Atualmente a média está abaixo de 500 pessoas morando nas ruas da capital. A secretária de assistência social tem hoje 459 pessoas cadastradas que moram nas ruas de Florianópolis.
OS na abordagem
Nesta semana a prefeitura abriu um edital para que organizações sociais (OS), passem a fazer parte desse trabalho da secretaria. Segundo a prefeitura, os serviços serão oferecidos de forma compartilhada e complementar aos do município.
O edital, nomeado como “Resgate Social” (003/SEMAS/2019), define as atribuições da OS que fizer parte do programa, como receber e registrar notificações, denúncias e chamados através de contatos telefônicos, e-mail e aplicativo de mensagens, e realizar abordagem e busca efetiva pelas pessoas em situação de rua com equipe contendo enfermeira, psicóloga e assistente social, durante todos os dias.
A justificativa da prefeitura é manter a abordagem integral, 24h por dia. Com equipes de OS, o serviço poderá continuar também em finais de semana e feriados. A previsão da prefeitura é escolher a OS na segunda quinzena de janeiro próximo e, de acordo com o edital, até R$ 1,8 milhão poderão ser destinados por ano à organização social.
Em junho, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação havia anunciado que integraria os trabalhos de abordagem às pessoas em situação de rua entre as prefeituras da Grande Florianópolis. Até hoje houve pouco andamento nesse sentido.