Um novo boletim da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) de 21 de setembro, mas divulgado somente nesta sexta-feira (27/9), mostra que em duas semanas cresceram os focos do mosquito Aedes aegypti no estado. Também permanece o número de 94 cidades catarinenses infestadas.
Entre 30 de dezembro de 2018 ea 21 de setembro de 2019 foram identificados 23.160 focos do mosquito Aedes aegypti em 182 municípios. O último boletim epidemiológico, de 7 de setembro, mostrava que eram 22.772 focos ao longo do ano. Comparando ao mesmo período de 2018, quando foram identificados 12.584 focos em 154 municípios, houve um aumento de 84% no número de focos detectados.
A maior área com infestação é no Oeste do estado, mas as regiões da Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e Joinville, os centros urbanos de Santa Catarina, também são áreas infestadas.
Casos de dengue
Entre 7 e de 21 de setembro a Dive registrou mais 112 casos de dengue no estado, com 16 confirmações. No ano são 1.821 casos confirmados. No mesmo período de 2018 foram apenas 56 casos confirmados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. Isso ocorre, por exemplo, na região de Itapema, Camboriú e Porto Belo.
Zika e chikungunya
Houve a confirmação de um caso de febre de chikungunya entre 7 e 21/9. São 33 casos confirmados no ano, a maioria (32) importados, com transmissão fora do estado.
Já o zika vírus em Santa Catarina não teve nenhum caso confirmado, apesar de 153 notificações. A maioria foi descartada como Zika e oito permanecem suspeitos.
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti
Ininterruptamente os órgãos de saúde, estaduais e municipais, divulgam as orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti no estado:
– Evitar usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
– Guardar garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Manter lixeiras tampadas;
– Deixar os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– Tratar a água da piscina com cloro e limpar uma vez por semana;
– Manter ralos fechados e desentupidos;
– Lavar com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
– Retirar a água acumulada em lajes;
– Dar descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
– Manter fechada a tampa do vaso sanitário;
– Evitar acumular entulho, porque também pode se tornar local de foco do mosquito;
– Denunciar a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
– Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.