A Polícia Federal abriu na manhã desta terça-feira (24/9) a Operação Arritmia, que investiga um grupo criminoso que comprava irregularmente próteses cardíacas com dinheiro do SUS (Sistema Único de Saúde).
Segundo a PF, os indícios da investigação mostram que os fornecedores das próteses eram escolhidos por médico e diretores do hospital de acordo com os benefícios pessoais oferecidos: dinheiro, patrocínio de viagens e formalização de contratos fictícios de prestação de serviços de consultoria, utilizados para dissimular os pagamentos ilícitos.
A investigação da Arritmia mostra que o médico responsável por escolher as empresas fornecedoras das próteses cardíacas teria recebido irregularmente mais de R$ 4,2 milhões irregularmente, entre os anos de 2014 e 2019. Há também indícios de que os envolvidos furavam a fila de cirurgias do SUS.
A PF cumpre mandados de busca e apreensão em hospital, consultórios médicos, empresas envolvidas e residências dos investigados, que são sete em Xanxerê e dois em Florianópolis, com a participação de 46 policiais federais e o apoio de cinco servidores da Controladoria Geral da União.
Os possíveis crimes enquadrados são associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.