A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural anunciou na tarde desta quarta-feira (14/8) a interdição dos cultivos de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões de Balneário Camboriú devido à presença de toxina diarreica. Está proibida a retirada, a comercialização e o consumo destes animais e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia nas localidades de Barra, Canto da Praia e Laranjeiras.
Segundo a secretaria, a medida foi necessária após exames laboratoriais detectarem a presença de ácido ocadaico nos cultivos de moluscos bivalves da região. Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
Além de Balneário Camboriú, seguem interditados desde 2 de agosto os cultivos de Bombinhas e Porto Belo. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) segue monitorando as áreas de produção e arredores. Os cultivos serão liberados após dois resultados negativos e consecutivos para a presença de toxinas nos moluscos.
O gerente de Aquicultura e Pesca da Secretaria da Agricultura, Sérgio Winckler, explica que este é um fenômeno natural no litoral catarinense – também chamado de maré vermelha – e que acontece devido à proliferação de micro-organismos na água. “O monitoramento dos cultivos é uma rotina em Santa Catarina, seguiremos com a coleta e acompanhamento dos cultivos para que a liberação aconteça dando toda segurança para os consumidores e maricultores”, ressalta.
Monitoramento constante
Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos e o único Estado do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, dando garantia e segurança para os produtores e consumidores.