O resgate do corpo de um montanhista perdido na trilha do Pico do Jurapê, em Joinville, retomou nesta segunda-feira (18/11). O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), o Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville (CBVJ) e o Grupamento de Resgate em Montanha (GRM) lideram a operação.
Considerada de altíssimo risco, a missão enfrenta desafios devido às condições do terreno íngreme. Pela manhã, os envolvidos realizaram uma reunião para definir as estratégias de acesso. Como o clima foi instável durante o fim de semana, a equipe fez um novo voo de reconhecimento para avaliar as condições da área.
Logo após, a equipe tentou resgatar a vítima com o helicóptero Águia da PMSC, mas a densa vegetação impediu o acesso. Por isso, seis especialistas em salvamento em altura, entre bombeiros militares e voluntários do GRM, seguiram até o cume da montanha. Eles vão descer cerca de 200 metros pelas rochas usando rappel para alcançar a vítima.
Esse trabalho envolve a realização de diversas ancoragens, já que o local tem grandes paredões de pedra. O comandante do 4º Pelotão de Bombeiros Militar de Itapoá, tenente Jonas Pires da Silveira, explicou que a equipe está extremamente qualificada. “Neste momento, estamos avaliando o terreno e fazendo um reconhecimento para garantir a segurança das ancoragens e evitar novos acidentes”, afirmou.
A operação seguirá ao longo do dia. Como o reconhecimento ocorre no local, o tempo necessário para alcançar a vítima ainda é incerto. A equipe planeja realizar as ancoragens até um ponto seguro, de onde o corpo poderá ser transportado pelo helicóptero.
O tenente destacou que “o esforço é grande, com todos os recursos disponíveis no estado, e a operação exige não apenas técnica e preparo físico, mas também coragem dos resgatistas.”
Cronologia do caso
O montanhista iniciou a trilha para o Pico do Jurapê sozinho no dia 6 de novembro. No dia seguinte, entrou em contato com familiares, informou que havia chegado ao cume, mas se perdeu no retorno e estava machucado. Ele enviou sua localização, iniciando as buscas.
Em 11 de novembro, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina foi acionado. Dois binômios, formados por bombeiros e cães de busca, chegaram à área. Contudo, o terreno acidentado e as quedas de até 600 metros dificultaram os esforços.
No dia 13, a equipe do helicóptero da Polícia Militar localizou a mochila e a barraca da vítima em uma fenda da montanha. A 36 metros abaixo, encontraram o corpo. A localização de difícil acesso, com grandes paredes de pedra, aumentou a complexidade do resgate.