Nesta terça-feira 12/11), a Polícia Federal iniciou a Operação Anatomia da Saúde, focando, em crimes contra a Administração Pública no oeste catarinense. A operação visa apurar irregularidades cometidas por gestores públicos.
Os agentes cumpriram 17 mandados de busca e apreensão em várias cidades de Santa Catarina e Paraná. Além disso, aplicaram diversas medidas cautelares, como o afastamento de servidores públicos.
Durante as investigações, a PF descobriu irregularidades no processo licitatório envolvendo uma Organização Social de Florianópolis. Essa organização geria o Hospital Municipal de Dionísio Cerqueira, lidando com valores superiores a R$30 milhões.
Consequentemente, afastaram cinco pessoas da Organização Social e dois servidores de Dionísio Cerqueira de suas funções. O Ministério Público de Contas de Santa Catarina, por sua vez, também apontou falhas no procedimento licitatório.
Entre as irregularidades encontradas estão a ausência de publicação de edital e o direcionamento para contratar uma determinada empresa. Além disso, constataram atos de dispensa de licitação.
Os investigadores acusam os envolvidos de fraudes à licitação, malversação e desvio de verbas públicas. As acusações incluem, ainda, lavagem de dinheiro, com penas que podem, eventualmente, superar 20 anos de prisão.
Os mandados de busca e apreensão se estenderam pelas cidades de Florianópolis (05), Dionísio Cerqueira (05), Joinville (02), Jaraguá do Sul (01), São José (01), Rio do Sul (01), Mafra (01) e Barracão/PR (01).
Por fim, as medidas cautelares incluem o afastamento de sete servidores de seus cargos, a proibição de contratação com o poder público e o sequestro de bens. Bloquearam os bens de 14 investigados, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, até o limite de R$ 30.909.769,04.