Bombeiros de Santa Catarina ampliam atuação no combate aos incêndios no Mato Grosso

    Foto: CBMSC/Divulgação

    Com mais de 20 dias de trabalho ininterrupto, 20 bombeiros de Santa Catarina continuam enfrentando incêndios florestais no Mato Grosso. Desde sua chegada, a equipe atua em parceria com o Corpo de Bombeiros local e está organizada em seis Forças-Tarefas, concentrando esforços em áreas críticas como Pontes e Lacerda e Poconé.

    Segundo o capitão Douglas Tomaz Machado, as condições climáticas adversas, como o clima seco e as altas temperaturas, aceleram a propagação das chamas. Além disso, ele destaca que o calor intenso e os ventos fortes tornam o combate ainda mais desafiador. Dessa forma, além de lidar com o fogo, os bombeiros também precisam enfrentar a presença de animais assustados nas áreas afetadas. Nessas situações, o cuidado é essencial para proteger a fauna e os próprios combatentes.

    Além disso, o uso de tecnologia tem sido um recurso fundamental no combate. Para monitorar as áreas afetadas, a equipe utiliza drones, que permitem detectar focos de incêndio de forma mais precisa e rápida. Desde a chegada, em 25 de setembro, a equipe catarinense iniciou a atuação em locais como Nova Mutum, Rosário do Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Salto do Céu e na Chapada dos Guimarães.

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    O capitão Tomaz explica que, com uma estrutura diferenciada, a equipe possui viaturas e equipamentos especializados. Dessa forma, os bombeiros foram divididos em equipes para maximizar a eficácia do combate, adotando técnicas mistas, como o uso de fogo contra fogo e a criação de aceiros, que ajudam a controlar o avanço das chamas. Em Cáceres, onde as áreas afetadas são vastas, o combate é ainda mais complexo, exigindo o uso de bombas costais e sopradores.

    Áreas de atuação da equipe catarinense

    No Pantanal, a equipe catarinense está instalada em uma base provisória do Exército, localizada em Poconé. Devido às dificuldades de acesso, o deslocamento para as áreas de combate ocorre por via aérea, com apoio da Polícia Militar, do Ibama e da Aeronáutica. Segundo o sargento Felipe Santiago Amaro Corrêa, a rotina envolve deslocamentos pela manhã, permanecendo no terreno ao longo do dia para conter as chamas.

    Foto: CBMSC/Divulgação

    A integração entre as corporações tem sido essencial. Mais de mil bombeiros de diversos estados estão mobilizados para enfrentar a crise no Mato Grosso, atualmente o estado mais atingido pelas chamas. Conforme dados do INPE, setembro de 2023 registrou um aumento de 371% nos focos de calor em comparação ao mesmo mês do ano passado. Este ano, o estado já contabiliza 45.780 focos de incêndio, representando o pior cenário em 14 anos.

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