A deputada estadual Marlene Fengler (PSD) encaminhou na terça-feira (30/4) em plenário pedido de informação ao secretário estadual da Segurança Pública questionando a desativação do posto de atendimento do Instituto Geral de Perícias (IGP) em São José. O local foi fechado na metade de janeiro e até agora não há informações sobre a reabertura.
A parlamentar ressaltou que o município é a quarta maior economia do estado e tem quase 240 mil habitantes que “agora precisam se deslocar a Florianópolis ou Palhoça para ter acesso a serviços como obtenção de carteira de identidade e exames periciais, por exemplo”.
Marlene lembrou que no local também atuavam médicos legistas que atendiam vítimas de violência, reforçando os procedimentos e a tramitação de inquéritos e processos criminais e que, com a desativação da unidade, esses serviços também dependem dos municípios vizinhos.
“Além dos problemas causados à população, também há impacto na mobilidade urbana pelo deslocamento diário das centenas de pessoas que precisam utilizar os serviços”, destacou.
Reunião entre prefeitura e Casa Civil
Pela manhã, a deputada participou em seu gabinete, na Assembleia Legislativa, de uma reunião com a prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, e o secretário-adjunto da Casa Civil, Matheus Hoffmann, para tratar de algumas demandas do município.
Marlene solicitou ao secretário-adjunto que a Casan adote providências que resolvam definitivamente o problema da Lagoa de Estabilização no bairro Potecas. “É uma estrutura construída na década de 90, que recebe grande volume de esgoto da Capital e da Grande Florianópolis e que hoje não pode continuar onde está, afetando milhares de pessoas e prejudicando a expansão do município, porque fica justamente numa região pra onde a cidade está crescendo”, observou.
A polêmica em torno da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro se arrasta há anos, prejudicamento milhares de moradores do entorno do estação obrigados a conviverem com o cheiro fétido que exala do local. Hoffmann afirmou que será marcada uma reunião com o presidente da Casan para definir um cronograma de ação para resolver o problema. A prefeita Adeliana disse que está disposta a romper o convênio com a Casan, caso não haja uma solução.
Ela também lembrou que São José está na fila para receber R$ 2,5 milhões do convênio com o FundoSocial para pavimentação e recuperação de ruas e avenidas, mas o Executivo estabeleceu uma escala de pagamento gradual, liberando recursos primeiramente aos municípios que receberão menos. Hoffmann garantiu que vai se inteirar sobre o cronograma de pagamento dos recursos e informará a data que o município de São José receberá o valor.
Na reunião também foi tratada a questão do transporte integrado da Grande Florianópolis, que deverá beneficiar moradores de nove municípios da região. A proposta de implantação do sistema, considerada fundamental para melhoraria da mobilidade urbana, depende de entendimentos entre os envolvidos. Em fevereiro o Executivo propôs às prefeituras que indicassem um representante para dialogar com a Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Suderf) e a Secretaria de Estado da Casa Civil, responsável pela licitação. E a partir daí dar andamento ao processo, até a assinatura de um convênio de cooperação entre o Estado e os municípios.