Mau cheiro: Casan ameaça quebrar contrato de estação de esgoto na entrada da ilha

Passar pela Avenida Gustavo Richard já é marcado há anos pelo odor da estação de tratamento, porém obra na unidade faz com que piore a situação e companhia ameace quebrar contrato com a empresa executora

Obra na unidade está piorando o odor na região e Casan alega que consórcio que executa a ampliação não cumpre o contrato - Foto: Casan/Reprodução/CSC
Obra na unidade está piorando o odor na região e Casan alega que consórcio que executa a ampliação não cumpre o contrato - Foto: Casan/Reprodução/CSC

A Casan diz que vai notificar nesta terça-feira (30/4) as duas empresas responsáveis pela reforma e modernização da Estação de Tratamento de Esgoto Insular, localizada na entrada da ilha para não aumentar o tempo de obra e não encarecer o valor previsto em licitação. Recentemente o mau cheiro na unidade piorou mais do que o normal, gerando muitas críticas na cidade.

De acordo com a companhia, o consórcio Trix/Infracon desistiu de seguir o projeto que embasou o processo licitatório, a obra teve de ser interrompida a fim de evitar transtornos maiores aos moradores de Florianópolis.

A notificação precede o processo administrativo que pode gerar a rescisão do contrato e a aplicação de penalidades ao consórcio vencedor da licitação.

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A Casan diz que para reduzir o impacto da paralisação da obra, e por medida de segurança, foi retirado de operação um dos tanques de aeração da estação, o que aumentou o mau cheiro. Provisoriamente o esgoto líquido está sendo retirado por bombas e a parte sólida está sendo encaminhada a um aterro sanitário.

A eficiência do tratamento de esgoto, porém, não é afetada pela paralisação da obra e a desativação do tanque. “Ao contrário, tomamos essas providências justamente para garantir a segurança da unidade e a eficiência do tratamento biológico”, explica o engenheiro Joel Horstmann, superintendente Regional Metropolitano. “A remoção do sólido minimizará o odor”.

A obra

A ampliação da ETE Insular é a maior obra da Casan atualmente, financiada em R$ 95 milhões pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). Foram sete licitantes, num total de 15 empresas, que disputaram o processo licitatório.

A obra começou no final do 2018, mas, segundo a Casan, em janeiro o consórcio vencedor já se recusava a executar o escopo do processo licitatório, requerendo reformulações técnicas com um incremento de aproximadamente um ano a mais no prazo e R$ 20 milhões no valor contratado e ofertado pela própria empresa em sua proposta técnica.

“Para a sociedade catarinense, para a CASAN e para Florianópolis o melhor a fazer é romper o contrato”, prevê o engenheiro Fábio Krieger, Diretor de Operação e Expansão da empresa.

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