Baías de Florianópolis serão menos poluídas com funcionamento de novas ETEs

Resultado depende da ligação doméstica correta

Avanços na infraestrutura de tratamento de esgoto em Florianópolis são esperados para contribuir na redução dos níveis de poluição nas baías Norte e Sul da cidade. As obras da Casan envolvem melhorias em duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), com expansão das coletas nos bairros.

Na área da baía sul, a expansão da ETE Insular, próxima à Ponte Pedro Ivo, não tem data para ser concluída. A instalação dará capacidade de tratamento em 612 litros por segundo, com até 98% de eficiência.

Na baía Sul, há as praias de Rita Maria, Beira-Mar, Prainha, José Mendes, Curtume, Ferrujo, Saco dos Limões e Costeira do Pirajubaé, todas poluídas atualmente. Com o tratamento melhor do que é despejado na cabeceira da ponte, a poluição deverá reduzir nesses locais, projeta a companhia.

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Da mesma forma, na área da baía norte, o trabalho continua na ETE João Paulo, com conclusão prevista para dezembro.

Em relação à Baía Norte, as praias possivelmente beneficiadas com água menos poluída serão Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa, Cacupé, Saco Grande, Pedra Grande, Sinfronio, Posto do Sambaqui, Praia Comprida, Cacupé Pequeno, Ilha dos Guarás, Ponta do Lessa, Ponta do Recife, São Luiz, Praia de Fora, Muller, do Rola e Arataca.

DEPENDE DOS MORADORES

De nada adiantará os milhões de reais investidos pelos contribuintes se os moradores dos bairros beneficiados pelas estações de tratamento não fizerem as ligações de esgoto totalmente corretas de todos os pontos de suas residências. Nos locais em que ainda não há sistema de esgoto, os imóveis precisam ter fossa séptica, que exige uma série de cuidados, manutenção e adequação para coleta e tratamento do esgoto doméstico.

URA BEIRA-MAR

Outra promessa da companhia para despoluir as águas da baía norte segue funcionando, porém ainda sem alcançar o resultado esperado. A URA (Unidade de Recuperação Ambiental) da Beira-Mar Norte, lançada em março de 2019, tem objetivo de limpar três quilômetros e meio de praia – da Ponte Hercílio Luiz à Ponta do Coral. Segundo a estatal de saneamento, houve a redução média de 43% nos coliformes fecais na Beira-Mar em relação ao período de 2016 a 2018. A limpeza ainda não foi alcançada, argumenta a Casan, porque há 22 galerias que drenam águas pluviais de ligações irregulares das edificações e das próprias redes para o mar.

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