Servidores públicos do município de Florianópolis iniciaram nova greve, nesta terça-feira (12/3), conforme anunciado pelo sindicato na última semana. As reivindicações tratam de valorização dos próprios cargos, além da oposição às terceirizações da saúde e coleta de lixo. Por ora, esses dois segmentos são os serviços mais afetados pela paralisação; ainda não há mensuração do impacto na área de educação.
Em vídeo nesta segunda (11), o prefeito Topázio Neto acusou o sindicato de promover uma greve com fins políticos, por causa do ano eleitoral. “É por salário atrasado? Não. É por falta de reajuste? Também não. Então por que? Política”, declarou o prefeito, acrescentando: “É claro que é fácil dar tudo que eles querem. O dinheiro não sai do meu bolso, sai do seu, de cada morador de Florianópolis”, declarou.
O Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis) não pode fazer greve. Isso porque, na última paralisação, há apenas 4 meses, um acordo judicial estabeleceu que não haveria greve em Florianópolis pelo menos até 31 de março de 2024, além de multa em R$ 120 mil por outros descumprimentos de acordos na justiça.
Nesse sentido, apesar dos servidores terem razão contra as terceirizações e no seu direito por reivindicar melhores condições de trabalho, estão descumprindo acordo, que deverá significar nova multa, além do prejuízo à população em ficar sem os serviços.
O histórico das muitas greves recentes em Florianópolis mostra também uma divergência permanente entre o Sintrasem e as administrações municipais, sem entendimento, o que dificulta os encerramentos das paralisações.
Ainda nesta terça haverá assembleia da categoria no Centro, às 13h, para avaliar as ações de greve.