Por Jambres Marcos
O Brasil entrou com o pé direito nas relações comerciais neste início de 2024. Apenas em janeiro, o resultado global do comércio exterior brasileiro apresentou saldo positivo de US$ 6,5 bilhões, já que as exportações chegaram a US$ 27 bilhões, e as importações atingiram US$ 20,4 bilhões.
Outro dado é que no acumulado de janeiro e fevereiro de 2024, o balanço preliminar aponta um superávit de quase US$ 11 bilhões, concernente a diferença entre os US$ 46,2 bilhões obtidos em exportação sobre US$ 35,1 bilhões consumidos em importação. Este valor estabelece um crescimento de 147% se comparado ao mesmo período de 2023, quando houve excedente de US$ 4,8 bilhões, consequência das exportações acima das importações nos valores de US$ 43 bilhões e US$ 38,1 bilhões, respectivamente. Positivo para o Brasil, os resultados da balança comercial foram divulgados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), no final de fevereiro de 2024.
Para atingir esse patamar, o comércio exterior com os Estados Unidos é essencial, pois o país norte-americano tem se firmado como um dos maiores parceiros comerciais do Brasil. Em janeiro de 2024, o Brasil exportou US$ 3,4 bilhões e importou US$ 3,1 bilhões dos Estados Unidos. Este cenário contrasta com janeiro de 2023, quando as importações superaram as exportações – US$ 3,1 bilhões e US$ 2,7 bilhões – respectivamente. Na prática, os dados mostram que o Brasil conquistou um índice favorável.
Concretizada a projeção de crescimento econômico em 2024 – 1,8% para o Brasil e 1,5% para os Estados Unidos – segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, pode-se aguardar um ligeiro crescimento do comércio bilateral. Mesmo sob a incerteza das eleições americanas e um cenário político interno polarizado, o país precisa manter as bases econômicas sólidas, preservar o comércio exterior e ampliar o mercado internacional, a fim de sustentar os superávits.