Colombo Machado Salles faleceu nesta terça-feira (14), aos 97 anos, em Florianópolis. Natural de Laguna, foi engenheiro e político ligado à Arena.
Foi indicado durante a ditadura pelo presidente Emílio Médici para ser governador de Santa Catarina, de 15 de março de 1971 a 15 de março de 1975. O vice-governador foi o empresário Attilio Fontana, da Sadia.
O lagunense radicado em Brasília, engenheiro civil formado em Curitiba, sem vida política no estado, foi repentina e surpreendentemente indicado governador pelo presidente Médici, que queria combater as oligarquias catarinenses. “Foi um acidente”, definiu o ex-governador em entrevista de 2013 à Agência Alesc.
Em seu governo, foram implantadas 85 mil linhas telefônicas e construída a Ponte Colombo Salles, a segunda ligação da Ilha de Santa Catarina com o continente, depois da Hercílio Luz. A gestão estadual também foi marcada pelo Projeto Catarinense de Desenvolvimento (PCD), com abertura de estradas e a criação da Casan.
Politicamente, seu governo teve embate com as chamadas oligarquias, as famílias que controlavam historicamente o estado – (Ramos, Konder e Bornhausen).
Graduado em engenharia civil pela Universidade Federal do Paraná, em 1949. Depois de sair da política, deu aulas de engenharia na UFSC, até 1992.
O governador Jorginho Mello decretou luto oficial de sete dias pela morte de Colombo Machado Salles. O ex-governador deixa a mulher, Dayse Werner Salles, e três filhos: Marcelo, Bertoldo e Maria José Salles.