Uma pesquisa da Serasa em agosto revelou que os catarinenses estão no topo da lista em busca de conhecimento financeiro e nos empréstimos pessoais. No estado, enquanto pouco mais da metade se sente otimista e segura financeiramente, cerca de 4 em cada 10 está preocupada. Foram 347 pessoas que responderam ao questionário, de um total de 8,9 mil no país.
Segundo o estudo, que analisou os hábitos financeiros em 27 estados brasileiros, 55% dos catarinenses acreditam que conseguem organizar a planejar as finanças (maior índice entre os Estados), e que aqui há a maior busca por empréstimo pessoal (56,6%) e por crédito para troca de carro (7,7%).
Insegurança e otimismo
A pesquisa aponta também para uma certa “polarização” do sentimento financeiro. Cerca de metade da população catarinense se sente segura (55%) em relação à suas finanças e 38% afirmam ter ansiedade em relação ao assunto, que é o segundo índice mais alto entre as UFs, Já 43% chegam a sentir medo das finanças.
Os dados sobre medo e otimismo em relação às finanças não são complementares na mesma resposta, isto é, os percentuais não podem ser somados para fechar um total apenas, mas revelam uma divisão proporcional sobre a percepção e realidade econômica das famílias catarinenses.
Cursos financeiros
Também indicado no estudo da Serasa, a quantidade de pessoas que busca melhorar a situação financeira através de conhecimento é similar: 39,8% da população de SC afirmou nas respostas que já realizou cursos sobre educação financeira (maior índice entre os Estados) para manter a saúde financeira do núcleo familiar. Os cursos online, por exemplo, são os mais procurados pelos consumidores.
Endividamento caiu
Em agosto, a pesquisa mensal de endividamento e inadimplência do consumidor (Peic) de Santa Catarina, realizada pela Fecomércio, apontou um recuo dos três principais indicadores no estado. O percentual de famílias catarinenses endividadas caiu -2,9% e alcançou o nível de 76,8%. A queda encerrou período de 5 meses de crescimento contínuo do endividamento e retornou o índice estadual para patamar igual ao registrado no Brasil (77%). A inadimplência no estado caiu para 28%.