Acordo garante pagamento aos trabalhadores demitidos da obra do contorno viário

A ação relativa a 364 trabalhadores demitidos por empreiteira do contorno viário da Grande Florianópolis alcançou um acordo parcial nesta segunda-feira (7/8). Durante uma sessão de conciliação mediada pelo juiz Luciano Paschoeto, da 1ª Vara do Trabalho em Florianópolis, a empresa Azevedo & Travassos Infraestrutura concordou em efetuar um pagamento de R$ 5,9 milhões, em três parcelas, referentes às indenizações dos empregados demitidos.

O processo teve origem quando a empreiteira, contratada pela Arteris Litoral Sul para concluir as obras do contorno viário, dispensou centenas de trabalhadores sem efetuar os devidos pagamentos. A empresa alega que não recebia da Arteris e essa, por sua, vez afirma que pagava a terceirizada em dia e que os atrasos eram inadmissíveis – o que acabou gerando a quebra de contrato e, possivelmente, mais um atraso na finalização da obra.

Operários na obra do Contorno Viário da Grande Florianópolis
Prazo de conclusão do contorno pode ser comprometido com atrasos da obra em Palhoça e rompimento de contrato da concessionária com empreiteira, que não pagava funcionários – Foto: ALS/Divulgação/CSC

A falta de pagamento aos operários, além das más condições de trabalho, significou protestos, com pelo menos três interrupções de tráfego na rodovia BR-282, no entroncamento com o contorno viário. Após tentativas malsucedidas de resolver a situação diretamente com as companhias envolvidas, o Ministério Público do Trabalho (MPT-SC) buscou a intervenção da Justiça do Trabalho.

Reivindicações

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Além das indenizações, na ação, o MPT também requisitou o pagamento dos salários atrasados (incluindo multas) e a cobertura das despesas de transporte para que os trabalhadores desligados pudessem retornar aos seus estados de origem, dado que nenhum deles é de Santa Catarina.

O acordo estipulou que a primeira parcela, no valor de R$ 2 milhões, seria paga até o dia 28 de agosto. A segunda parcela, de igual quantia, ficou programada para o dia 21 de setembro, enquanto a terceira, no montante de R$ 1,86 milhões, deverá ser quitada em 23 de outubro. Em caso de não cumprimento, a empreiteira estará sujeita a uma penalização correspondente a 50% do valor da parcela não honrada. O Ministério Público ainda quer que a empreiteira pague R$ 1 milhão por danos morais coletivos, o que será debatido em audiência em 23 de agosto.

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