Governo de SC recorre de decisão sobre proteção de restingas

    Áreas até 300 metros do mar "com ou sem vegetação" foram incluídas em APP

    O governo do Estado de Santa Catarina anunciou que entrará com recurso para reverter uma decisão judicial que ampliou a proteção de restingas em todo o litoral do estado.

    A Vara Única da Comarca de Garopaba validou a portaria do IMA (Instituto do Meio Ambiente) que considera todas as restingas, com ou sem vegetação, como Áreas de Preservação Permanente (APPs) num raio de 300 metros do mar.

    canto sul da praia de ingleses
    Imóveis até 300 metros do mar poderiam entrar em área de preservação de acordo com nova portaria do IMA, que governo pretende reverter na justiça – Foto: Leonardo Sousa/PMF

    A medida foi tomada sobre o julgamento da legalidade de construção de um condomínio em meio a uma área de restinga na praia da Ferrugem. A obra foi erguida em um período de relaxamento das legislações ambientais promovido pelo então governo Bolsonaro. As normas ambientais de proteção da vegetação litorânea posteriormente foram refeitas.

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    O IMA foi obrigado pela justiça a dar um entendimento sobre as edificações nesse bioma e, com a inclusão dos termos “com ou sem vegetação” deixou o mercado imobiliário catarinense com medo, por causa da mera possibilidade de insegurança jurídica.

    Por causa da ampliação do entendimento teórico sobre a proteção das restingas, fixadoras de dunas e estabilizadoras de mangues, a Procuradoria Geral do Estado foi acionada para buscar reverter a decisão, refazendo a portaria do IMA que ampliou a proteção, de modo a garantir a segurança jurídica para o mercado imobiliário.

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