O governo do estado de Santa Catarina decretou situação de emergência nos hospitais públicos, conforme publicação no diário oficial do estado na sexta-feira (16/6).
O motivo não é novo: a elevada taxa de ocupação dos leitos de UTI neonatais, pediátricos e adultos no estado, em 89%, 82% e 96%, respectivamente. O cenário, conforme o governo, é agravado por índices de doenças respiratórias, principalmente a gripe.
Há cerca de duas semanas as taxas de ocupação de leitos estavam ainda piores, com ocupação total das camas de internação. A resposta da Secretaria de Estado da Saúde (SES) foi abrir a possibilidade de aluguel de UTIs particulares, especialmente na Grande Florianópolis, além de buscar aumentar a quantidade de leitos. Enquanto isso, as emergências dos hospitais seguem lotadas, mesmo que não seja para internação.
É a terceira vez dentro de 12 meses que o recurso da situação de emergência em saúde é invocado: duas por superlotação das UTIs (nas gestões de Carlos Moisés e Jorginho Mello) e outra por péssimas condições de manutenção do SUS na Grande Florianópolis, em março desse ano.
O novo decreto modifica o decreto de 20 março sobre a situação de emergência nos hospitais da região da capital, acrescentando o Hospital Santa Tereza, em Lages, à lista, e permite à gestão comprar insumos e contratar serviços com menos burocracia interna.
Na avaliação do governo estadual, o novo decreto “garantirá o atendimento e a continuidade das melhorias estruturais nos seis hospitais da rede própria da Secretaria de Estado da Saúde (SES), localizados na Grande Florianópolis”.