São José já passou de 600 casos de dengue em 2023 e falta consciência de parte da população para combate ao mosquito, é o que aponta a Vigilância Epidemiológica do município. Até esta sexta-feira (24/3) foram 613 infectadas na cidade com picadas de Aedes aegypti.
Conforme a prefeitura estão ocorrendo ações para reduzir a quantidade de mosquitos na cidade, como pulverização de inseticida em diversos bairros. No cerco ao inseto, os agentes realizam mutirões semanais nas regiões mais críticas e aplicam o veneno biológico (específico contra a espécie) no fim da tarde. Nas visitas aos bairros, os funcionários da Vigilância Epidemiológica orientam os moradores de como prevenir o mosquitos. Somente com o esforço das pessoas os focos podem ser reduzidos, assim a quantidade de mosquito, casos de dengue e possíveis mortes pela doença.
Porém, relata a prefeitura, há uma falta de engajamento da população. Diariamente denúncias na Ouvidoria apontam casos sobre descarte irregular de lixo, que, além de ser crime ambiental, contribui para acúmulo de água da chuva e a criação dos focos de proliferação do mosquito da dengue. A limpeza de locais onde passa a água nas casas, como vasos, calhas e ralos, também é essencial.
Nessa semana o prefeito, Orvino Coelho de Ávila, sancionou lei que endurece a punição para quem for flagrado jogando lixo em local errado, na tentativa de frear esse tipo de situação recorrente na cidade.
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A Grande Florianópolis passou de 2,2 mil casos de dengue nessa semana. Em Palhoça há 1.103 casos (2 mortes suspeitas), em Florianópolis há 524 casos (363 autóctones e uma morte confirmada) e em São José há 613 casos de dengue até essa sexta. Os dados, respectivamente, são da Dive e das duas prefeituras. As três cidades estão em emergência contra o mosquito e Palhoça está no nível de epidemia. Até sexta passada Biguaçu tinha 49 casos confirmados.
A quantidade de casos na Grande Florianópolis é aproximadamente 75% da estadual. Santa Catarina tem duas mortes por dengue até agora nesse ano confirmadas; a outra ocorreu em Joinville. Ambas de mulheres jovens: a moradora de Florianópolis tinha 34 anos e a de Joinville 26.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br